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Senadores da CPI criticam desfile militar e consideram ato antidemocrático

Para o presidente da comissão, Omar Aziz, é "uma clara tentativa de intimidar parlamentares e opositores" no dia da votação da PEC do voto impresso

Presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) (Pedro França/Agência Senado)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 10h49.

Última atualização em 10 de agosto de 2021 às 11h31.

O presidente da CPI da Covid , senador Omar Aziz (PSD-AM), abriu a sessão desta terça-feira, 10, com um pronunciamento contra o desfile de blindados das Forças Armadas, no mesmo dia em que a Câmara pretende votar a PEC do voto impresso. A decisão do presidente Jair Bolsonaro de participar do ato na Esplanada foi criticada por vários senadores da comissão.

Para Aziz, o presidente comanda o desfile "em uma clara tentativa de intimidar parlamentares e opositores". O ato, na opinião dele, é um "absurdo inaceitável", um "ataque frontal à democracia". Bolsonaro "cria uma encenação, uma coreografia, para mostrar que tem o controle das Forças Armadas e pode fazer o que quiser com o país", disse.

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O senador destacou o posicionamento contra o voto impresso."Não haverá voto impresso, não haverá nenhum tipo de golpe contra a nossa democracia. As instituições, com Congresso à frente, não deixarão que isso aconteça", afirmou Aziz. Segundo ele, "ademocracia tem instrumentos para defender a própria democracia contra arroubos golpistas".

"Todo homem público, além de cumprir suas funções constitucionais, deveria ter medo do ridículo. Mas Bolsonaro não liga para nenhum desses limites, como fica claro nessa cena patética de hoje, que mostra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu", continuou o presidente da CPI.

As declarações foram reforçadas por outros senadores da CPI. O vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o desfile organizado com o apoio de Bolsonaro é uma "patética demonstração de fraqueza". Ele acredita que a intenção é "desviar a atenção do que realmente importa", como as denúncias relativas ao Ministério da Saúde e a alta da inflação.

A resposta deve vir com a rejeição do voto impresso na Câmara, disse Randolfe. Na mesma linha, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou Bolsonaro está buscando uma forma para questionar a derrota que ele terá nas urnas em 2022. "É hora de mostrar que essas Casas têm autonomia e não se dobram a nenhum tipo de bravata ou intimidação", disse.

 

Os senadores também se manifestaram em redes sociais:

 

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