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Senador Roberto Rocha será relator de indicação de Raquel à PGR

Para que sua indicação seja validada, a subprocuradora-geral precisa passar por uma sabatina na CCJ do Senado e por uma votação no plenário da Casa

Roberto Rocha: a sabatina deve ocorrer ainda antes do recesso parlamentar, previsto para ter início no dia 18 de julho (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Roberto Rocha: a sabatina deve ocorrer ainda antes do recesso parlamentar, previsto para ter início no dia 18 de julho (Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2017 às 11h58.

Brasília - O senador Roberto Rocha (PSB-MA) será o relator da indicação da subprocuradora-geral Raquel Dodge para comandar a Procuradoria-Geral da República no lugar de Rodrigo Janot, informou a assessoria do senador.

Para que sua indicação seja validada, a subprocuradora-geral precisa passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e por uma votação no plenário da Casa.

Segundo a assessoria de Rocha, a sabatina deve ocorrer ainda antes do recesso parlamentar, previsto para ter início no dia 18 de julho.

Raquel foi a segunda mais votada na tradicional lista tríplice preparada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com 587 votos. O primeiro colocado, com 621 votos, foi o atual vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, próximo a Janot.

Desde 2003, os presidentes da República adotaram o costume de indicar sempre o primeiro colocado da lista. O presidente Michel Temer, no entanto, optou por não seguir essa tradição.

A escolha de Raquel ocorreu dois dias após Temer ser denunciado por Janot, em um movimento encarado como uma tentativa de esvaziar a atuação do atual PGR.

No último debate organizado pela ANPR entre os candidatos à lista tríplice, Raquel defendeu a continuidade da Lava Jato e sugeriu até um aumento da equipe responsável pela operação. Apesar disso, seu nome era o favorito entre governistas, muitos deles investigados.

Como proposta de campanha, a subprocuradora também sugeriu a criação de um "sistema de integridade institucional", de forma a proteger dados sigilosos, evitar vazamentos e impedir que "a credibilidade e a neutralidade da instituição sejam atacadas".

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