Brasil

Senador diz que projeto de ICMS do governo "não passa"

"Hoje, o projeto de resolução do jeito que está não passa", confessou Pinheiro, na saída de uma audiência pública da comissão mista que trata da MP dos Fundos


	O texto, anunciado pelo presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), para ir à votação no colegiado na próxima semana, deve contar com a divergência das bancadas de 21 Estados
 (Wilson Dias/ABr)

O texto, anunciado pelo presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), para ir à votação no colegiado na próxima semana, deve contar com a divergência das bancadas de 21 Estados (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 15h51.

Brasília - O senador Walter Pinheiro (PT-BA) admitiu nesta quarta-feira que o projeto de resolução que unifica em 4% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais "não passa" no Senado na forma que foi enviado pelo governo.

Pinheiro é relator da comissão mista da Medida Provisória (MP) 599/2012, editada pela administração federal para criar os fundos de compensação e desenvolvimento regional a fim de equilibrar as contas dos governos dos Estados e do Distrito Federal a partir da eventual adoção de uma alíquota única de ICMS.

"Hoje, o projeto de resolução do jeito que está não passa", confessou, na saída de uma audiência pública da comissão mista que trata da MP dos Fundos. De acordo com ele, o Poder Executivo federal tem de estar "mais próximo do debate" na busca de alternativas para a aprovação da proposta.

Após a audiência pública com governadores para tratar do projeto de unificação da alíquota, nesta terça-feira (19), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, parlamentares aliados passaram a admitir, reservadamente, que, no voto, a proposta será rejeitada tanto na comissão quanto no plenário, se lá chegar.

O texto, anunciado pelo presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), para ir à votação no colegiado na próxima semana, deve contar com a divergência das bancadas de 21 Estados: os 7 do Norte, do 9 do Nordeste, os 4 do Centro-Oeste e o Espírito Santo, que se dizem os maiores perdedores com as eventuais mudanças na alíquota. Atualmente, essas unidades da Federação praticam uma alíquota de 12% e as demais, das Regiões Sul e Sudeste, 7%.

Segundo um senador governista, o Executivo federal terá de aceitar um dos dois caminhos. O primeiro seria manter a proposta de 4% e aumentar o valor previsto para os fundos na MP. O outro é manter no projeto a política atual de alíquotas diferenciadas, caindo os 21 Estados para 7% e São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para 4%.

Até o momento, o Ministério da Fazenda tem se mostrado inflexível em aceitar a criação de duas alíquotas. Ainda assim, senadores envolvidos nas negociações dizem que tanto a MP como o projeto de resolução têm de encontrar uma solução única.

Acompanhe tudo sobre:GovernoImpostosLeãoLegislação

Mais de Brasil

Eder Mauro tem 30,7%; Normando, 19,6%; e Edmilson Rodrigues, 14%, em Belém, aponta pesquisa Futura

Lewandowski diz que governo só apresentará PEC da Segurança Pública após Lula consultar governadores

TCU entende que Lula pode ficar com relógio de luxo recebido antes de mudança na regra de presentes

PGR aciona STF e pede suspensão das emendas Pix

Mais na Exame