Brasil

Senado vota nesta terça projeto que dá autonomia ao Banco Central

Presidente e diretores terão mandatos fixos de quatro anos. Planalto trabalha por aprovação da proposta como sinalização ao mercado

Pelo texto, o presidente e os oito diretores da autarquia terão mandatos fixos de quatro anos (Adriano Machado/Reuters)

Pelo texto, o presidente e os oito diretores da autarquia terão mandatos fixos de quatro anos (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 06h43.

O Senado deve votar nesta terça-feira o projeto que prevê a autonomia do Banco Central (BC). Pelo texto, o presidente e os oito diretores da autarquia terão mandatos fixos de quatro anos, com períodos não coincidentes ao do Presidente da República.

Todos poderão ser reconduzidos uma única vez ao cargo. Os dirigentes poderão ser exonerados por “desempenho insuficiente”, com critérios estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e aval da maioria absoluta do Senado.

Caso aprovado, o projeto de autonomia do BC ainda precisará passar pela Câmara dos Deputados.

O líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirma que o Planalto já contabiliza 50 votos favoráveis, o que garantiria a aprovação. Ao GLOBO, ele disse que a votação será “uma sinalização importante para o mercado neste momento”.

Também está na pauta a proposta que autoriza o acolhimento de depósitos voluntários de instituições financeiras pelo BC.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, esteve com o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor da proposta.

— A única coisa que ficou pendente é se essa diretoria perderia o mandato com a publicação da lei. Eu acho que essa diretoria que está aí não será prejudicada, até porque eles estão fazendo um bom trabalho — disse Valério.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralRoberto Campos NetoSenado

Mais de Brasil

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula