Michel Temer: boletim divulgado na quinta-feira dizia que o presidente apresentou “boa evolução na recuperação”
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 06h55.
Última atualização em 15 de dezembro de 2017 às 07h30.
Esta será uma sexta-feira com movimentação atípica em Brasília. O presidente Michel Temer deve voltar à capital após uma provável alta do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde passou por um procedimento urológico contra um estreitamento da uretra.
O boletim divulgado na quinta-feira dizia que o presidente apresentou “boa evolução na recuperação”, mas permaneceria hospitalizado para “completa recuperação”.
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Algumas das agendas previstas para a semana foram, então, atrasadas pela ausência do peemedebista na capital e serão realizadas agora.
A principal delas será a posse do deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro-chefe da Secretaria de Governo, pasta responsável pela articulação política.
Ainda não é certo que Temer comparecerá à posse, que acontece às 15 horas. O presidente pretende aparecer e convocou inclusive o antecessor Antonio Imbassahy para transferir o cargo e sinalizar que a base trabalha unida.
Havia alguma urgência na troca pela última esperança de votar a reforma da Previdência ainda em 2017. A pressa, porém, acabou.
Marun iniciou o trabalho de articulação, mas o governo entregou os pontos. Como foi anunciado, também na quinta, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o texto só irá a Plenário em fevereiro de 2018.
Tanto ninguém acreditava que sairia que bolsa de valores e dólar pouco se movimentaram com o anúncio. Para evitar novo vexame, essa será pauta única até lá.
Temer também cancelou compromissos de médio prazo. O presidente suspendeu uma viagem para a Ásia prevista para janeiro.
“A viagem do presidente da República, Michel Temer, ao Sudeste Asiático, prevista anteriormente para o período de 5 a 13 de janeiro de 2018, foi adiada. Novas datas estão sendo negociadas pelo Itamaraty”, disse nota da Presidência. Além de manter-se próximo às articulações pela reforma da Previdência, houve recomendação médica para que Temer não viajasse.
A saúde presidencial é motivo de atenção cada vez mais frequente. O presidente deve ficar com sonda uretral por três semanas.
Ontem, a equipe médica informou que fez biópsias da próstata e da bexiga e que não foi identificado tumor.
As coronárias, desobstruídas em novembro, também não preocupam, segundo os médicos. Ainda assim, para Temer, a pausa de fim de ano virá em boa hora.