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Sem os 14.000; Impeachment olímpico…

Recuo nos cargos O presidente interino Michel Temer desistiu de criar os 14.000 cargos federais aprovados pela Câmara na semana passada, informa o jornal Folha de S. Paulo.  Temer também pretende se posicionar contra o aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal, o que poderia gerar um efeito em cascata o funcionalismo público. […]

TEMER: / Lula Marques / Agência PT
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2016 às 07h12.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Recuo nos cargos

O presidente interino Michel Temer desistiu de criar os 14.000 cargos federais aprovados pela Câmara na semana passada, informa o jornal Folha de S. Paulo.  Temer também pretende se posicionar contra o aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal, o que poderia gerar um efeito em cascata o funcionalismo público. É mais um recuo do presidente diante de fatos que geraram grande insatisfação na opinião pública.

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A base reclama

Ontem, Temer já havia determinado a paralisação de nomeações políticas para diretorias de estatais ou fundos de pensão. A intenção é acabar com ingerências para que essas instituições sejam usadas politicamente. A medida deve valer até a aprovação do projeto de lei que prevê quesitos técnicos para a indicação desses cargos de confiança. E, como era de se esperar, já gera uma enxurrada de críticas na base aliada, sedenta pelos mais de 400 cargos na mesa.

Todo mundo fica

Apesar da perspectiva de demissões de ministros nesta segunda-feira, tudo ficou como estava. Depois que boatos circularam no final de semana sobre a saída do advogado-geral da União, Fábio Osório, e sobre o despacho de Janot, que afirmou que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, havia atuado para ajudar a OAS no Congresso, Temer decidiu que ninguém seria demitido. Pelo menos por enquanto, o presidente interino vai esperar o desenrolar dos fatos para tomar uma decisão.

Impeachment olímpico

O deputado Raimundo Lira, presidente da Comissão Especial do Impeachment, voltou atrás na decisão que reduzia de 15 para cinco dias o prazo para a defesa e a acusação apresentarem suas alegações finais no processo. Lira havia acatado o pedido da senadora Simone Tebet na semana passada, o que faria o processo de impeachment chegar a uma votação final antes da Olimpíada. A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff recorreu ao STF; e a sinalização de que o ministro Ricardo Lewandowski poderia derrubar a decisão fez com que Lira voltasse atrás. Agora, o impeachment será durante os Jogos do Rio.

Segundo inquérito contra Aécio

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, abriu ontem à noite o segundo inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). A apuração envolve sua suposta participação num esquema para maquiar dados da CPI dos Correios, em 2005, e esconder informações sobre o Banco Rural e o mensalão mineiro. Aécio era governador de Minas. Seu vice na época, Clésio Andrade, e o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes, também serão investigados.

Cerveró: “Dilma é maluca”

Em seus depoimentos na Lava-Jato, Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, disse que Dilma Rousseff sabia das irregularidades que ocorriam no governo, inclusive do caso de Pasadena. Cerveró disse que foi sacaneado por Dilma e que a presidente afastada é “maluca”. Ele ainda disse que foi colocado na diretoria da BR Distribuidora em 2008 pelo próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pagamento pela ajuda ao quitar um empréstimo com o banco Schahin obtido por José Carlos Bumlai para o pagamento de propinas.

Dilma/Temer só em 2017

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, disse que o julgamento da prestação de contas da chapa de Dilma e Temer nas eleições de 2014 deverá ocorrer somente em 2017. A pedido do PSDB, o processo deve julgar se houve dinheiro ilícito na campanha da candidata vencedora da eleição. Perguntado o que aconteceria caso o impeachment retirasse Dilma definitivamente do cargo, ele disse que a única jurisprudência no TSE ocorreu em Roraima com a morte do ex-governador Ottomar Pinto, eximindo o vice de culpa.

Ser ou não Ser?

Esta segunda-feira foi mais um dia agitado para as ações do setor de educação após a pernambucana Ser Educacional entrar na disputa pela carioca Estácio. As ações da Estácio subiram 4,6% e as da Ser tiveram alta de 1%, já os papéis da Kroton caíram 2,9%. Na quinta-feira 2, a Kroton anunciou a intenção de comprar a Estácio e no fim de semana a Ser fez uma proposta de fusão com a Estácio. A empresa disputada montou um comitê com seus conselheiros João Cox Neto, Maurício Luís Luchetti, Chaim Zaher e Líbano Miranda Barroso com o objetivo de assessorar o colegiado na avaliação das propostas. As notícias fizeram as ações da Estácio subir 32,6% desde a última quinta-feira.

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Recuperação judicial quase dobra

Desde o início deste ano, os pedidos de recuperação judicial quase dobraram, com um aumento de 95,1% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. Segundo a Serasa Experian foram realizados 755 pedidos. Liderando os requerimentos estão as pequenas empresas, que correspondem a 433 pedidos, seguidas pelas médias, com 198, e pelas grandes, com 124. No mesmo período, o número de falências aumentou 5,5%, com 674 empresas indo à bancarrota — apenas em maio foram 151. Para os economistas da Serasa, os principais culpados pela dificuldade de solvência são o cenário econômico, que está deteriorado pela recessão dos últimos dois anos, e a dificuldade de conseguir crédito.

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Poupança magrinha

Com a retirada de 6,5 bilhões de reais em maio, a poupança dos brasileiros já encolheu 38,88 bilhões em 2016. Segundo o Banco Central, é a maior retirada mensal da caderneta dos últimos 21 anos, mais do que o dobro da pior marca, que foi de 3,2 bilhões no ano passado. É a sétima queda consecutiva no patrimônio total da poupança, que diminui desde novembro do ano passado. Atualmente, os estoques estão em 637,8 bilhões de reais. Com o aumento do desemprego e a alta da inflação, o brasileiro vê o dinheiro se deteriorar nas cadernetas. A alta taxa de juro também faz o dinheiro render menos na poupança do que em outras aplicações, que agora soam mais atraentes para os investidores.

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Investidores vs. Bradesco

Nos Estados Unidos, investidores internacionais do banco Bradesco abriram uma ação judicial coletiva na corte de Nova York contra a empresa. Segundo a acusação, o banco teria divulgado comunicados “falsos e enganosos” e omitido informações que causaram prejuízos aos aplicadores. O processo também aborda a citação do Bradesco na Operação Zelotes, da Polícia Federal, o que promoveu uma queda de 5,6% nas ações do banco na bolsa de Nova York quando as notícias vieram à tona, na semana passada. Petrobras, Gerdau, OAS e Braskem são outras empresas brasileiras que enfrentam ações coletivas dos investidores nos Estados Unidos.

Tão tóxico quanto cigarro

O site BuzzFeed anunciou nesta segunda-feira que se recusa a veicular o anúncio de “Trump para presidente”, cancelando, assim, um acordo de publicidade no valor de 1,3 milhão de dólares com o Partido Republicano. O negócio teria sido fechado em abril, antes da confirmação de Trump como candidato. Em comunicado enviado a funcionários, o presidente do BuzzFeed, Jonah Peretti, afirmou que é preciso fazer “exceções”. “Não veiculamos anúncios de cigarro porque são danosos à saúde, e não aceitaremos anúncios de Trump pela mesma razão”, disse. Contudo, Peretti reiterou que o BuzzFeed continua aceitando anúncios de outros candidatos republicanos, assim como de democratas.

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