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Sem o Aliança Pelo Brasil, deputados tentam trégua com o PSL

Reunião entre deputados bolsonaristas e a cúpula do PSL deve acontecer já nas próximas semanas

CONGRESSO: as MPs passam a vencer em 16 dias ante 120 de antes.  / Edilson Rodrigues/Agência Senado (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

CONGRESSO: as MPs passam a vencer em 16 dias ante 120 de antes. / Edilson Rodrigues/Agência Senado (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de julho de 2020 às 12h25.

Bolsonaristas que se afastaram do PSL para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na criação do Aliança Pelo Brasil tentam se reaproximar da legenda. O movimento acontece diante da possibilidade cada vez menor de que o novo partido saia do papel.

A expectativa de dirigentes do PSL, comandado pelo deputado Luciano Bivar (PE), é de uma reunificação já nas próximas semanas. A cúpula da legenda, que tem 53 deputados, tem adotado o discurso de que não quer briga com ninguém e que deseja neutralizar o radicalismo das alas antagônicas.

A senha para a reconciliação foi dada há duas semanas em uma ligação de Bolsonaro, que deixou o PSL em novembro de 2019, para o presidente da legenda. No telefonema descrito como cordial e protocolar por interlocutores de ambos, o presidente pediu uma avaliação de Bivar para a crise política.

Segundo o Estadão apurou, não houve um pedido explícito de apoio por parte de Bolsonaro, mas a ligação foi encarada no PSL como um gesto claro de tentativa de reaproximação. Pressionado por dezenas de pedidos de impeachment, o presidente tenta construir uma base no Congresso.

Pessoas próximas a Bivar, no entanto, afirmam que a conversa não significa que a legenda está de volta ao governo, mas admitem que o tempo definirá os termos da relação. "Bivar foi extremamente injustiçado assim como todos os outros deputados. Nunca é tarde para reconhecer erros", disse o deputado Julian Lemos (PSL-PB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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