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Sem Lula, Ciro Gomes vai para 2º turno com Bolsonaro, diz BTG Pactual

Pesquisa eleitoral mostra Marina Silva em terceiro lugar, colada em Ciro Gomes, enquanto Fernando Haddad parece ter dificuldade em herdar votos de Lula

Ciro Gomes: mantém segundo lugar, mas Fernando Haddad se aproxima, diz pesquisa da XP (Adriano Machado/Reuters)

Guilherme Dearo

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 09h46.

Última atualização em 4 de setembro de 2018 às 14h25.

São Paulo — Sem Lula concorrendo e com Fernando Haddad como candidato do PT, Ciro Gomes (PDT) iria para o segundo turno contra Jair Bolsonaro nas eleições 2018, mostra a nova pesquisa eleitoral do BTG Pactual , divulgada hoje (3). Bolsonaro teria 26% dos votos, enquanto Ciro teria 12%. Logo depois, viria Marina Silva (Rede), com 11%.

A pesquisa não trouxe simulações de intenção de voto para as prováveis disputas do segundo turno.

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A pesquisa do BTG Pactual, registrada no Tribunal Superior Eleitoral como TSE: BR-01057/2018 foi feita com dois mil entrevistados, por telefone, entre 1 e 2 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Cenários da pesquisa eleitoral – Ciro Gomes em 3º ou 2º

Com Lula

Com Haddad

Lula e Haddad

Lula teve sua candidatura rejeitada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa na madrugada do último sábado. O PT tem prazo de dez dias para indicar um substituto, que provavelmente será Fernando Haddad. O partido consegue apenas 6% de intenção de voto com Haddad,enquanto com Lula ficaria em primeiro lugar, com 37%. Isso mostra a dificuldade em transferir os votos de um candidato para outro.

Segundo a pesquisa, Haddad, Marina e Ciro dividem os votos "herdados" de Lula, com 15% cada um. Ou seja, muitos eleitores do PT migram para Rede ou PDT em vez de ficarem no PT. Até mesmo Bolsonaro e Alckmin herdam votos dos eleitores órfãos de Lula, com 8% desses votos cada um.

Além disso, dobra o número de eleitores que dizem que não vão votar em ninguém (o que é diferente das respostas de intenção de voto nulo ou branco). Com Lula, apenas 9% dos eleitores dizem votar em "ninguém". Sem Lula e com Haddad, esse índice sobe para 18%.

A pesquisa também mostra que, perguntados se votariam em Haddad caso este fosse o candidato e Lula o apoiasse, apenas 19% responderam "com certeza", enquanto 14% responderam "poderia votar" e 61% responderam "não votaria de jeito nenhum".

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