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ÀS SETE - Confrontos entre tropas israelenses e manifestantes palestinos deixaram pelo menos 59 pessoas mortas e mais de 900 feridos

PROTESTO EM GAZA: palestinos fogem de bombas de gás e fogo na fronteira com Israel / Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters

PROTESTO EM GAZA: palestinos fogem de bombas de gás e fogo na fronteira com Israel / Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters

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EXAME Hoje

Publicado em 15 de maio de 2018 às 06h36.

Última atualização em 15 de maio de 2018 às 08h23.

Sem Lula, Bolsonaro

Nos cenários sem o ex-presidente Lula (PT), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) é o pré-candidato favorito da última pesquisa de intenções de voto para a Presidência feita pelo CNT/MDA e divulgada nesta segunda-feira. Mesmo preso, Lula é uma presença forte nas pesquisas: quando os pesquisadores não ofereciam uma lista de nomes, 18,6% dos entrevistados declaravam espontaneamente que votariam em Lula. Bolsonaro foi citado por 12,4%; e Ciro Gomes, por 1,7%. Nas respostas estimuladas (quando é apresentada uma lista de possíveis candidatos), Lula tem 32,4% das intenções, Bolsonaro tem 16,7% e Marina Silva 7,6%. Em outros três cenários sem Lula, Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes aparecem como os candidatos preferidos, sempre nessa ordem.

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Sobre a prisão

A pesquisa da CNT/MDA mostrou que 49,9% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente Lula não conseguirá disputar as eleições presidenciais deste ano, ante 40,8% que acreditam que o petista, mesmo preso e inelegível, disputará o pleito de outubro. Segundo a pesquisa, 51% dos entrevistados consideraram a prisão do ex-presidente justa, enquanto 38,6% consideraram a detenção de Lula injusta. A pesquisa também questionou a opinião dos entrevistados em relação à confiança na Justiça brasileira. A maioria (52,8%) avaliou o Judiciário brasileiro como “pouco confiável” e 36,5% como “nada confiável”. Os que consideraram os magistrados do país “muito confiáveis” ficaram em 6,4%.

O governo e a CIA

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o governo brasileiro vai solicitar aos Estados Unidos registros da Agência Central de Inteligência (CIA) sobre a ditadura brasileira. A medida é uma resposta ao pedido feito pelo presidente do conselho do Instituto Vladimir Herzog, Ivo Herzog, que enviou uma carta ao Itamaraty solicitando ajuda para obter do governo americano “a liberação completa dos registros realizados pela CIA, que documentam a participação de agentes do Estado brasileiro em operações para torturarem ou assassinarem cidadãos brasileiros”. O pedido do governo acontece depois da divulgação de um documento da CIA mostrando que o ex-presidente Ernesto Geisel aprovou uma política de “execuções sumárias” de opositores da ditadura.

Sem Aécio, Anastasia

O PSDB lançou nesta segunda-feira, em ato sem a presença do senador Aécio Neves, a pré-candidatura do também senador Antônio Augusto Anastasia para o governo de Minas Gerais nas eleições de outubro. O anúncio foi feito na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Contagem, governada pelo partido. O evento teve a presença de prefeitos, vereadores do partido e legendas aliadas, segundo o Estadão. Até cerca de dois meses atrás, Anastasia afirmava que não disputaria o cargo. O senador, no entanto, teria sido pressionado a mudar o posicionamento.

BNDES: lucro sobe 453,4%

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de 2,064 bilhões de reais no primeiro trimestre, salto de 453,4% sobre os 373 milhões de reais dos três primeiros meses de 2017. O avanço se deveu à reversão das provisões para risco de crédito. No primeiro trimestre do ano passado, o banco registrou despesa de 3,316 bilhões de reais com as provisões, mas neste ano foi possível apenas 361 milhões de reais para lidar com calotes. Segundo o superintendente da Área de Integridade, Controladoria e Riscos do BNDES, Maurício Chacur, o provisionamento caiu porque há expectativa de melhora na economia com o fim da recessão. A inadimplência de até 30 dias do BNDES subiu de 2,12%, no fim do quarto trimestre, para 2,24% no encerramento do primeiro trimestre, mas o movimento foi puxado pelo estado do Rio de Janeiro, que firmou o plano de recuperação fiscal com o governo federal e deixou de pagar suas dívidas com a União ou garantidas pelo Tesouro.

Focus: PIB menor

O Banco Central do Brasil divulgou, nesta segunda, o Boletim Focus, e apontou para uma redução na projeção de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 2018. Com a redução, o PIB ficou estimado para 2,51%, 0,2% menos do que o previsto anteriormente. Para 2019, a estimativa de expansão foi mantida em 3%. A expectativa para a inflação oficial, o IPCA, caiu de 3,49% para 3,45%, abaixo da meta de 2018, que é de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — de 3% a 6%. A meta de inflação para o próximo ano é de 4,25%. Com a inflação em baixa, a tendência é que o Comitê de Política Monetária (Copom) realize mais um corte na taxa básica de juro, que hoje está em 6,5% ao ano. De acordo com o relatório Focus, a previsão de juros para 2018 ficou mantida em 6,25% ao ano.

Separatista líder do Parlamento catalão

O Parlamento da Catalunha elegeu, nesta segunda-feira, um novo líder. Quim Torra foi escolhido pela maioria para governar a região. Considerado um separatista linha-dura, Torra abre caminho para o encerramento de sete meses de controle direto de Madri — que controla a região desde a declaração de independência não reconhecida —, mas também para mais incerteza política numa região que insiste em buscar a separação da Espanha. Dividido, o Parlamento catalão somou 66 votos a favor, 65 contra e 4 abstenções para a escolha de Torra, ex-advogado e editor com pouca experiência política. Os partidos pró-independência conquistaram a maioria das cadeiras nas eleições regionais convocadas em dezembro, mas o que obteve mais votos foi o Ciudadanos, que defende a unidade espanhola. Após a eleição, parlamentares pró-independência se levantaram e entoaram o hino catalão. Torra foi escolhido como candidato pelo ex-líder regional Carles Puigdemont. Em um discurso ao Parlamento, Torra prometeu trabalhar visando uma república catalã e se referiu a Puigdemont, que está em Berlim esperando que um tribunal alemão arbitre um pedido de extradição para a Espanha, como o líder legítimo da região. O governo espanhol classificou o discurso como belicoso.

Mais tempo

O Movimento 5 Estrelas (M5S) pediu ao presidente italiano, Sergio Mattarella, “mais alguns dias” para finalizar um acordo de coalizão com o partido de extrema direita Liga, nesta segunda-feira. Segundo o líder do movimento, Luigi Di Maio, as conversas tiveram progresso, mas é necessário mais tempo para decidir quem vai liderar a coalizão. Os dois partidos anunciaram na quarta-feira passada que estavam procurando formar um governo mais de nove semanas após uma eleição inconclusiva, e tinham até ontem para formalizar a coalizão, antes que novas eleições sejam convocadas. A Itália está sem um novo governo desde as eleições parlamentares, que ocorreram em março deste ano e que resultaram em um Parlamento sem maioria, com o M5S eleito como o partido unitário com mais votos, mas sem representação suficiente para governar o país em aliança com outro partido.

59 palestinos mortos

Confrontos entre tropas israelenses e manifestantes palestinos deixaram pelo menos 59 pessoas mortas e mais de 900 feridos nesta segunda-feira. Os conflitos ocorreram por causa da inauguração da embaixada dos Estados Unidos na cidade de Jerusalém. O número representa o maior saldo de mortes de palestinos em um único dia desde o início dos protestos na fronteira com Israel chamados de Grande Marcha do Retorno, em 30 de março, e desde a guerra de 2014 em Gaza. Em alto-falantes de mesquitas, a população palestina foi convocada para ir à fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel protestar contra a mudança da embaixada americana. As Forças Armadas israelenses acusaram o movimento Hamas, que controla Gaza, de instigar os palestinos a tentar violar a fronteira de Israel. Pequenos grupos tentaram avançar contra a barreira israelense e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros.

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