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Sem desfiles, Carnaval no Rio também não terá blocos de rua

A associação que representa os blocos disse que sem uma vacina não há segurança para a realização da festa

Blocos de rua no Rio de Janeiro reúnem milhares de foliões. (AFP/AFP)

Blocos de rua no Rio de Janeiro reúnem milhares de foliões. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 16h22.

Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 18h37.

O Carnaval carioca não é muito compatível com medidas de distanciamento social, seja nos desfiles das escolas de samba que competem em criatividade diante de dezenas de milhares de espectadores no Sambódromo, seja nos blocos de rua que caminham no ritmo de tambores, regados por muita cerveja, nas ruas da cidade.

Mas a covid-19 arruinou todos esses rituais, adiando-os somente para o outro Carnaval. Na quinta-feira, 24, as escolas de samba informaram a necessidade de adiar sem previsão o esperado evento. E nesta sexta-feira, 25, a Associação Sebastiana Blocos chegou à mesma conclusão.

"A Liga das Escolas de Samba tomou uma decisão superacertada diante do momento que a gente está vivendo", afirmou Rita Fernandes, presidente da associação.

"A Sebastiana já definiu que sem vacina e principalmente sem segurança de saúde para a população, a gente não vai fazer Carnaval de jeito nenhum", explicou em entrevista à Rede Globo.

O Carnaval do Rio atrai milhões de turistas brasileiros e estrangeiros todos os anos. Porém, a pandemia atrapalhou os planos para a festa, forçando-a a ser adiada pela primeira vez desde 1912.

O país, que registra quase 140.000 mortes e 4,7 milhões de casos, tornou-se o segundo com mais mortes no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, e o terceiro em número de casos, atrás dos Estados Unidos e da Índia.

Nas últimas semanas, a curva de infectados apresentou uma queda, mas ainda com números elevados, com média de 30.000 casos e 735 óbitos por dia nos últimos 14 dias, segundo dados do Ministério da Saúde.

O Rio, com 10.730 mortes, é a segunda cidade com o maior número de mortes no país, atrás de São Paulo, a capital econômica.

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