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Sem consenso, divisão de royalties volta à pauta da Câmara

O Palácio do Planalto defendeu a destinação integral dos royalties para a educação, o que provou polêmica


	Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília: o relator do projeto não concorda em manter inalteradas as regras dos poços já licitados
 (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)

Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília: o relator do projeto não concorda em manter inalteradas as regras dos poços já licitados (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 09h33.

Brasília - Alvo de polêmica durante a última semana, o projeto de lei do Senado que altera a distribuição dos <strong><a href="https://exame.com/noticias-sobre/royalties" target="_blank">royalties</a></strong> do petróleo poderá ser votado na próxima terça-feira (6) pela Câmara dos Deputados. A proposta em análise prevê a mudança dos contratos firmados ainda no regime de concessão e define os percentuais de divisão entre todos os estado dos royalties para os poços em regime de partilha.</p>

Na última quarta-feira (31), o Palácio do Planalto se posicionou favoravelmente à destinação integral dos royalties para a educação e a manutenção dos contratos de exploração de petróleo já firmados. O documento com as sugestões do governo foi encaminhado ao relator da proposta, Carlos Zarattini (PT-SP).

“O que é o texto do governo: todo o petróleo que já foi licitado continuará com o mesmo critério de distribuição, não muda. Já todo o petróleo que será licitado a partir da promulgação da lei vai ser distribuído com novo critério. Vai 100% para educação”, disse Zarattini.

O relator, no entanto, não concorda em manter inalteradas as regras dos poços já licitados. O petista, que conta com o apoio de 25 das 27 bancadas dos estados na Casa, manteve no seu relatório a versão aprovada pelo Senado e negociada na comissão especial da Câmara que analisou a proposta.

Nela está prevista, entre outros pontos, a destinação de 22% dos recursos da compensação financeira para a União, 22% para os estados produtores, 5% para municípios produtores, 2% para os afetados pelo embarque de óleo e gás e 49% para um fundo especial a ser dividido entre os estados e municípios não produtores por meio dos critérios de fundos constitucionais. Os recursos devem começar a entrar no caixa das unidades federativas a partir de 2020.

Representantes dos principais estados produtores de petróleo do país, os parlamentares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo não concordam com a tese de mudar as regras dos poços já licitados. Eles também são contrários à perda de receitas por parte dos seus estados. Atualmente, os dois estados são os principais beneficiários dos royalties da produção de petróleo.

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