Seis candidatos concorrem ao governo do Pará
Economia do estado tem por base o extrativismo mineral e vegetal, a agricultura, a pecuária, a indústria e o turismo
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2014 às 13h33.
Brasília - Aproximadamente 5,2 milhões de eleitores paraense estão aptos a escolher quem governará a segunda mais extensa unidade federativa do país – mais de 1,24 milhão de quilômetros quadrados (km2) divididos em 144 municípios. O Pará , segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística ( IBGE ), tem cerca de 8 milhões de habitantes. Deste total, 50,4% são homens e 49,6%, mulheres.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), 35,243% dos eleitores (1,8 milhão) têm ensino fundamental incompleto; 2,8% (145,3 mil), curso superior completo; e 7,38% (383 mil ) são analfabetos.
A economia do estado tem por base o extrativismo mineral (ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro e estanho) e vegetal (madeira), a agricultura, a pecuária, a indústria e o turismo. A mineração está concentrada principalmente na região sudeste do estado, tendo em Parauapebas a principal cidade produtora. Também é no sudeste paraense onde se concentra a atividade pecuária, com mais de 14 milhões de cabeças de gado. A indústria está mais concentrada na região metropolitana da capital, Belém.
Seis candidatos tentam ocupar o cargo de governador do Pará. Um deles é o atual governador, Simão Jatene (PSDB), que aos 65 anos concorre pela coligação Juntos com o Povo. Economista, ele tenta se eleger pela terceira vez no cargo. A primeira foi entre 2003 e 2006. Na atual campanha pela reeleição, fixou em R$ 18 milhões o limite de gastos.
Hélder Barbalho (PMDB) é o candidato da coligação Todos pelo Pará – da qual participam, entre outros partidos, PT e DEM. Formado em administração, ele é filho de Jader Barbalho, tradicional político do estado. Aos 35 anos tenta, pela primeira vez, ser governador. O primeiro cargo eletivo foi em 2000, quando se elegeu vereador pelo município de Ananindeua. Em 2002, elegeu-se deputado estadual e, em 2005, aos 25 anos, tornou-se prefeito da mesma cidade – sendo reeleito em 2009. O limite de gastos registrado para a campanha é R$ 20 milhões.
Aos 43 anos, o candidato pelo PRTB, Elton Braga, é administrador. Apesar de ter concorrido aos cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal, nunca foi eleito. Para estas eleições, Braga limitou em R$ 20 milhões seus gastos de campanha.
Com um limite de R$ 5 milhões, o candidato do PV, Zé Carlos do PV, de 56 anos, foi por duas vezes deputado estadual. Ele é advogado e, antes de se integrar ao PV, foi filiado ao PT e dirigente do Sindicato dos Gráficos, tendo ajudado na criação da Central Única dos Trabalhadores.
Candidato pela coligação Frente de Esquerda – Mudança pra Valer, constituída por PSOL e PSTU, o sociólogo Marcos Carrera, 47, é professor da rede pública. Especialista em gestão urbana e desenvolvimento local, é também técnico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Gestão Ambiental do Estado do Pará (Sindiambiental). Limitou a R$ 1 milhão seus gastos com campanha.
Candidatando-se pela primeira vez a um cargo eletivo, Marco Antônio (PCB), de 52 anos, é administrador e servidor público municipal. Trabalha na Unidade de Saúde do Tapanã (bairro de Belém) e é apresentado por seu partido como um “militante da saúde”. É também integrante da Unidade Classista, braço sindical do PCB. De todos os candidatos, é o que apresentou o menor limite de gastos de campanha: R$ 100 mil.