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Secretário de Meio Ambiente de SP cai após rompimento entre PP e França

Apenas nove meses depois que foi escolhido para a pasta por indicação de presidente do partido, Maurício Brusadin foi exonerado nesta terça-feira, 26

Márcio França: governador de estado de São Paulo recebeu mensagem de presidente do PP dizendo que apoio seria para João Doria (Divulgação/Assessoria de Imprensa/Divulgação)

Márcio França: governador de estado de São Paulo recebeu mensagem de presidente do PP dizendo que apoio seria para João Doria (Divulgação/Assessoria de Imprensa/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de junho de 2018 às 20h05.

O rompimento entre o PP e o governador Márcio França, anunciado na semana passada pelo presidente do partido, Guilherme Mussi, acabou sobrando para a Secretaria do Meio Ambiente.

Apenas nove meses depois que foi escolhido para a pasta por indicação de Mussi, Maurício Brusadin foi exonerado nesta terça-feira, 26. A mudança foi anunciada nesta terça no Diário Oficial do Estado.

Ele tinha colocado o cargo à disposição na sexta, 22, depois que Mussi mandou uma mensagem de Whatsapp para França dizendo que estava rompendo a aliança e se aliando a João Doria para a disputa ao governo do Estado, conforme noticiou o Painel da Folha.

Ao jornal O Estado de S.Paulo, Brusadin disse que, apesar de não ser filiado ao PP, entende a posição de França, que teria sinalizado para que ele saísse do governo. "Não sou do PP, mas o Guilherme, por relação pessoal comigo, quando o governador (então Geraldo Alckmin) e ele desejaram mudar o Ricardo (Salles, então secretário, também ligado ao PP), acabou me indicando porque eu tinha sido presidente estadual do PV. Quando o PP agora tomou a decisão de sair, acho que não sobrou muita saída para o governador", afirmou.

"Evidente que o quadro era esse. Acabou sobrando para mim, apesar de não ser do partido", continuou.

A vaga será ocupada, ao menos temporariamente, pelo até então secretário adjunto Eduardo Trani. "O que eu propus é que se prezasse a continuidade da gestão. Tínhamos muitas agendas em andamento e se tivesse descontinuidade poderia gerar muitos problemas. É o caso da entrada em vigor do Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais), que se atrasar pode colocar em ilegalidade todo o setor madeireiro do Estado. Temos várias unidades de conservação com o plano de manejo quase pronto. Uma ruptura agora poderia atrasar tudo isso."

Trani não tem relação com nenhum partido. França não fez nenhum comunicado sobre a mudança.

Acompanhe tudo sobre:Estado de São PauloProgressistas (antigo PP)

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