Secretaria terá luta ao tráfico de mulheres como prioridade
Enfrentamento ao tráfico de mulheres irá integrar a agenda da Secretaria de Políticas para Mulheres
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 20h20.
Brasília - O enfrentamento ao tráfico de mulheres , principalmente para exploração sexual, vai ser incorporado como uma das prioridades da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) no biênio 2013 – 2014. Foi o que ficou estabelecido na primeira reunião do ano do Conselho Nacional, que está discutindo a agenda da secretaria para o biênio.
De acordo com a ministra da SPM, Eleonora Menicucci, a agenda principal da SPM sempre foi o enfrentamento à violência doméstica e sexual contra as mulheres, mas agora a secretaria vai incorporar o enfrentamento ao tráfico nesta agenda.
Eleonora disse que um grande passo para solucionar a violência contra a mulher é a capacitação. “A autonomia e a inclusão produtiva das mulheres são prioridades, vamos criar estratégias para contribuir com a autonomia econômica das mulheres. Não há uma sociedade sem violência contra as mulheres se elas não têm autonomia sobre a própria vida”, disse Eleonora.
Segundo a ministra, no biênio 2013-2014 vai haver um reforço nas pesquisas sobre a condição da mulher no Brasil. “Vamos reforçar todos os nossos editais de pesquisa com o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e MCTI [Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação] voltados para estudos de gêneros, mulheres na ciência, meninas na ciência. Também vamos focar na questão da participação política das mulheres nos partidos, nos sindicatos, nas associações, nas comunidades, nos movimentos sociais”.
O estímulo à participação da mulher na política também terá espaço na agenda do SPM. “Nós mulheres fazemos excelentes gestões e somos excelentes políticas, nós somos 52% da população”.
Outro ponto que será discutido no encontro, que termina amanhã (21), são políticas que promovem a inclusão das “diferentes mulheres”. “Vamos trabalhar com as diferentes mulheres, com a diversidade: mulheres lésbicas, negras, deficientes, idosas, indígenas. Queremos criar políticas afirmativas, inclusive com outros ministérios” disse a ministra.
Silvana Veríssimo, representante do Fórum Nacional de Mulheres Negras no conselho, acha que as políticas para as mulheres não chegam a todo o Brasil e que a mulher negra ainda é muito discriminada. “Todas as pesquisas apontam que as mulheres negras são as que mais sofrem no país, nós vivemos em um país que tem um racismo institucional muito forte, que impede que a mulher negra seja atendida em alguns locais públicos”, disse Silvana, que também citou que há mulheres negras que sofrem discriminação ao fazerem um boletim de ocorrência.
Maria Goretti Gomes, articuladora regional na Região Nordeste da Liga Brasileira das Lésbicas e representante da liga no conselho, defende uma política de mulher que respeite a diversidade. “Nós, lésbicas, queremos o atendimento específico, nossos exames [ginecológicos] não são os mesmos das mulheres heterossexuais que tiveram filhos, nós queremos ter acesso aos exames antes dos 40 anos porque nós não reproduzimos e por isso temos mais risco de ter câncer de colo de útero e de mama”, disse Maria Goretti.
Brasília - O enfrentamento ao tráfico de mulheres , principalmente para exploração sexual, vai ser incorporado como uma das prioridades da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) no biênio 2013 – 2014. Foi o que ficou estabelecido na primeira reunião do ano do Conselho Nacional, que está discutindo a agenda da secretaria para o biênio.
De acordo com a ministra da SPM, Eleonora Menicucci, a agenda principal da SPM sempre foi o enfrentamento à violência doméstica e sexual contra as mulheres, mas agora a secretaria vai incorporar o enfrentamento ao tráfico nesta agenda.
Eleonora disse que um grande passo para solucionar a violência contra a mulher é a capacitação. “A autonomia e a inclusão produtiva das mulheres são prioridades, vamos criar estratégias para contribuir com a autonomia econômica das mulheres. Não há uma sociedade sem violência contra as mulheres se elas não têm autonomia sobre a própria vida”, disse Eleonora.
Segundo a ministra, no biênio 2013-2014 vai haver um reforço nas pesquisas sobre a condição da mulher no Brasil. “Vamos reforçar todos os nossos editais de pesquisa com o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e MCTI [Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação] voltados para estudos de gêneros, mulheres na ciência, meninas na ciência. Também vamos focar na questão da participação política das mulheres nos partidos, nos sindicatos, nas associações, nas comunidades, nos movimentos sociais”.
O estímulo à participação da mulher na política também terá espaço na agenda do SPM. “Nós mulheres fazemos excelentes gestões e somos excelentes políticas, nós somos 52% da população”.
Outro ponto que será discutido no encontro, que termina amanhã (21), são políticas que promovem a inclusão das “diferentes mulheres”. “Vamos trabalhar com as diferentes mulheres, com a diversidade: mulheres lésbicas, negras, deficientes, idosas, indígenas. Queremos criar políticas afirmativas, inclusive com outros ministérios” disse a ministra.
Silvana Veríssimo, representante do Fórum Nacional de Mulheres Negras no conselho, acha que as políticas para as mulheres não chegam a todo o Brasil e que a mulher negra ainda é muito discriminada. “Todas as pesquisas apontam que as mulheres negras são as que mais sofrem no país, nós vivemos em um país que tem um racismo institucional muito forte, que impede que a mulher negra seja atendida em alguns locais públicos”, disse Silvana, que também citou que há mulheres negras que sofrem discriminação ao fazerem um boletim de ocorrência.
Maria Goretti Gomes, articuladora regional na Região Nordeste da Liga Brasileira das Lésbicas e representante da liga no conselho, defende uma política de mulher que respeite a diversidade. “Nós, lésbicas, queremos o atendimento específico, nossos exames [ginecológicos] não são os mesmos das mulheres heterossexuais que tiveram filhos, nós queremos ter acesso aos exames antes dos 40 anos porque nós não reproduzimos e por isso temos mais risco de ter câncer de colo de útero e de mama”, disse Maria Goretti.