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Secretaria de Educação visitará escolas ocupadas no Rio

Segundo o chefe de gabinete da secretaria, o objetivo é obter uma interação mais direta com os alunos


	Ocupação: "Já cedemos em muitos pontos, aceitamos algumas reivindicações"
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ocupação: "Já cedemos em muitos pontos, aceitamos algumas reivindicações" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2016 às 14h44.

Representantes da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro farão, ao longo desta semana, visitas às 46 escolas ocupadas por estudantes.

Segundo o chefe de gabinete da secretaria, Caio Castro Lima, representantes da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos e do Ministério Público também participarão das visitas.

De acordo com Castro Lima, o objetivo é obter uma interação mais direta com os alunos. "A secretaria tem procurado esse contato mais direto com os alunos, mas fica difícil quando eles impedem membros da secretaria de adentrar nas unidades. Já cedemos em muitos pontos, aceitamos algumas reivindicações, mas os estudantes mantêm essa postura intransigente", disse o chefe de gabinete. Para Castro Lima, nesta semana, com as visitas, as coisas podem começar a andar.

Castro Lima informou que a secretaria já estuda uma das demandas dos alunos, que pedem melhora no Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj).

“O Saerj não foi bem compreendido pelos professores e alunos. Deveria ser uma espécie de auxílio ao professor para que fossem feitas avaliações diagnósticas, em cada bimestre, de como os estudantes estavam. Se eles [professores e alunos] não concordam com isso, a gente topa fazer duas provas, uma no começo do ano, que seria o Saerjinho [simulado para o Saerl], e outra no fim do ano, para valer.”

Para Michel Policeno, aluno do 3° ano do ensino médio no, primeira escola ocupada, a Secretaria de Educação procura minimizar o movimento.

“É uma tentativa de tirar o protagonismo dos estudantes, como se a gente não fosse capaz de pensar e organizar algo assim. E isso não adianta nada, porque o movimento só cresce, cada dia mais. Cada vez que isso é dito pela secretaria, só fortalece ainda mais a nossa luta”, afirmou Policeno.

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