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Secretaria de Educação e professores não chegam a acordo

Para esta sexta-feira, às 14h, está prevista nova assembleia no vão livre do Masp, na Avenida Paulista

Professores fazem protesto no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 11h34.

São Paulo - O Secretário Estadual da Educação, Herman Voorwald, e representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) se reuniram nesta quinta-feira (25) para debater, entre outras reivindicações, o aumento salarial da categoria que encontra-se em estado de greve desde o início da semana.

Ao final do encontro, no entanto, as partes não conseguiram chegar a um consenso.

Segundo a Apeoesp - principal entidade da classe, que conta com mais de 180 mil professores afiliados -, diante da falta de acordo, a greve dos docentes se estenderá "por tempo indeterminado". Para esta sexta-feira, 26, às 14h, está prevista uma assembleia no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Em seguida, os professores planejam partir em passeata pela via. A paralisação das atividades por parte dos docentes desde a última segunda-feira, 22, coincidiu com o anúncio, antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo, da ampliação do reajuste salarial deste ano, de 6% para 8,1%, a partir do dia 1º de julho. Com o aumento, o reajuste escalonado até 2014 passará de 42,2% para 45,1%.

Os sindicatos, no entanto, reclamam que essa política não "repôs perdas salariais anteriores". Entre as principais exigências da Apeoesp está o reajuste de 36,74%.

Os professores pedem também uma reforma no plano de carreira, o fim do desconto de faltas e licenças médicas na aposentadoria e um aumento imediato de 13,5%. "Isso sim é uma proposta de salário. O secretário fala de política salarial, mas em 2012 já era para a gente ter sentado, para ver perdas, mas a gente não sentou. É sempre o mesmo lero-lero", diz Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp.


Para o secretario estadual de educação, Herman Voorwald, não há a possibilidade de conceder um aumento superior ao proposto. "Não é possível aumentar a proposta de reajuste", diz Voorwald.

O secretário ainda critica a forma como a greve foi conduzida e afirma que professores substitutos contratados desde março farão a reposição daqueles que aderirem à greve. "O orçamento do Estado é finito e tem de ser conduzido de forma responsável. No meu entendimento, política salarial significa recuperação do processo inflacionário, manutenção do poder de compra e ganho real em função da economia".

Segundo a Secretaria Estadual, a Apeoesp rejeitou proposta apresentada pelo secretário Voorwald de avaliar no segundo semestre a possibilidade, de acordo com as condições econômicas, de outro aumento salarial para os profissionais.

No 4º dia de greve dos professores, cerca de 35% dos docentes aderiram à paralisação, segundo a Apeoesp. O número é superior aos 25% de adesão no 1º dia e 30% na última terça-feira, dia 23

A contabilidade do sindicato, no entanto, é divergente das posições diárias apresentadas pela Secretaria Estadual de Educação. Segundo a pasta, até agora menos de 10% dos professores deixaram de ir ao trabalho.

Em média, 5% já é o número de ausências regulares. Outros dois sindicatos de representação da classe consultados pela reportagem, o Centro do Professorado Paulista (CPP) e a Udemo - dos diretores -, não aderiam à greve convocada pela Apeoesp.

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São Paulo - O Secretário Estadual da Educação, Herman Voorwald, e representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) se reuniram nesta quinta-feira (25) para debater, entre outras reivindicações, o aumento salarial da categoria que encontra-se em estado de greve desde o início da semana.

Ao final do encontro, no entanto, as partes não conseguiram chegar a um consenso.

Segundo a Apeoesp - principal entidade da classe, que conta com mais de 180 mil professores afiliados -, diante da falta de acordo, a greve dos docentes se estenderá "por tempo indeterminado". Para esta sexta-feira, 26, às 14h, está prevista uma assembleia no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Em seguida, os professores planejam partir em passeata pela via. A paralisação das atividades por parte dos docentes desde a última segunda-feira, 22, coincidiu com o anúncio, antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo, da ampliação do reajuste salarial deste ano, de 6% para 8,1%, a partir do dia 1º de julho. Com o aumento, o reajuste escalonado até 2014 passará de 42,2% para 45,1%.

Os sindicatos, no entanto, reclamam que essa política não "repôs perdas salariais anteriores". Entre as principais exigências da Apeoesp está o reajuste de 36,74%.

Os professores pedem também uma reforma no plano de carreira, o fim do desconto de faltas e licenças médicas na aposentadoria e um aumento imediato de 13,5%. "Isso sim é uma proposta de salário. O secretário fala de política salarial, mas em 2012 já era para a gente ter sentado, para ver perdas, mas a gente não sentou. É sempre o mesmo lero-lero", diz Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp.


Para o secretario estadual de educação, Herman Voorwald, não há a possibilidade de conceder um aumento superior ao proposto. "Não é possível aumentar a proposta de reajuste", diz Voorwald.

O secretário ainda critica a forma como a greve foi conduzida e afirma que professores substitutos contratados desde março farão a reposição daqueles que aderirem à greve. "O orçamento do Estado é finito e tem de ser conduzido de forma responsável. No meu entendimento, política salarial significa recuperação do processo inflacionário, manutenção do poder de compra e ganho real em função da economia".

Segundo a Secretaria Estadual, a Apeoesp rejeitou proposta apresentada pelo secretário Voorwald de avaliar no segundo semestre a possibilidade, de acordo com as condições econômicas, de outro aumento salarial para os profissionais.

No 4º dia de greve dos professores, cerca de 35% dos docentes aderiram à paralisação, segundo a Apeoesp. O número é superior aos 25% de adesão no 1º dia e 30% na última terça-feira, dia 23

A contabilidade do sindicato, no entanto, é divergente das posições diárias apresentadas pela Secretaria Estadual de Educação. Segundo a pasta, até agora menos de 10% dos professores deixaram de ir ao trabalho.

Em média, 5% já é o número de ausências regulares. Outros dois sindicatos de representação da classe consultados pela reportagem, o Centro do Professorado Paulista (CPP) e a Udemo - dos diretores -, não aderiam à greve convocada pela Apeoesp.

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