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Secretária da Saúde aponta necessidade de 3ª dose em parte da população

Ela citou decisão tomada nos Estados Unidos para vacinar mais uma vez pessoas com sistema imunológico comprometido

 (Pilar Olivares/Reuters)

(Pilar Olivares/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 12h37.

A secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite Melo, indicou nesta segunda-feira que uma parte da população terá que receber um terceira dose da vacina contra a doença.

Preocupada com o avanço da variante delta do coronavírus e com o relaxamento da população, ela citou a decisão tomada semana passada nos Estados Unidos recomendando uma dose adicional para pessoas com sistema imunológico comprometido. É o caso por exemplo de transplantados, alguns pacientes com câncer e portadores do vírus HIV. Rosana disse que os grupos não deverão ser diferentes no Brasil.

Alguns pontos ainda precisam ser definidos, como quais imunizantes poderão ter uma terceira dose e se será adotada a intercambialidade, ou seja, a aplicação de uma vacina de fabricante diferente daquela que a pessoa tomou antes. Ela disse que o Ministério da Saúde está preocupado com o avanço da variante delta do coronavírus, identificado pela primeira vez na Índia e que vem se espalhando pelo mundo, levando a um aumento de casos mesmo em locais com muitas pessoas vacinadas. Rosana participa de reunião da Comissão Temporária da Covid-19 que funciona no Senado.

— O que nós sabemos, os dados que nós temos é que em determinadas faixas etárias, está diminuindo essa proteção. Temos alguns estudos preliminares, porém esses estudos não foram publicados. São discussões internas, nem podemos publicitar tanto, em respeito aos pesquisadores, porém já estamos tomando as decisões em nível de gestão, o que fazer, o planejar, o quantificar esses grupos que por ventura precisam, a exemplo do que aconteceu na semana passada nos Estados Unidos, em que se liberou para determinados grupos. Os nossos grupos provavelmente, pelas nossas discussões, não serão distintos daqueles. Talvez com algumas diferenças — afirmou

Segundo Rosana, estudos feitos em Israel, nos Estados Unidos e Reino Unido mostram que aumentou a taxa de hospitalização, algo que ainda não se observou no Brasil, exceto de forma pontual. Ela disse que a variante delta apareceu de forma mais tímida, porém o cenário está mudando. Também criticou o relaxamento de parte da população e gestores de saúde.

— Houve infelizmente um relaxamento não só por parte da população. Entendemos a nossa cultura latina, mas houve um relaxamento mesmo das pessoas mais entendidas em relação a isso.

Ela também reconheceu falhas na comunicação:

— A comunicação é um dos focos que a gente quer sim melhorar.

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