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Moro: Prisão após 2ª instância pode virar responsabilidade de eleitos

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o magistrado afirmou que próximo presidente do país pode propor PEC para alterar entendimento

Moro: "eu nem sequer tenho opção de cumprir ou não cumprir", disse o magistrado sobre a ordem de prisão do ex-presidente (Roda Viva/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2018 às 08h41.

Última atualização em 27 de março de 2018 às 12h42.

São Paulo — O juiz Sérgio Moro afirmou na noite desta segunda-feira, 26, esperar que o Supremo Tribunal Federal "tome a melhor decisão" no julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão.

"Eu nem sequer tenho opção de cumprir ou não cumprir", disse o magistrado sobre a ordem de prisão do ex-presidente.

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Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o magistrado voltou a defender o início da execução penal após a condenação em segundo grau.

https://www.youtube.com/watch?v=TydUsIB5qbY

Moro disse, porém, que se o entendimento firmado pelo Supremo em 2016 for alterado, existem alternativas para que a execução penal antes de esgotados todos os recursos seja permitida.

"Pode-se cobrar dos candidatos à Presidência qual é a posição em relação à impunidade e quais medidas eles pretendem estabelecer. Pode ser justamente substituir por uma emenda constitucional", afirmou o juiz.

Para Moro, "uma revisão desse precedente (prisão após condenação em segunda instância) passaria uma mensagem errada".

Sobre a possível prisão do petista, Moro disse que não tem como escolher. "A prisão vai depender do Supremo. Se vier para mim, nem sequer tenho opção."

Moro ainda elogiou os ministros da Corte Celso de Mello e Rosa Weber - apontada como fiel da balança na análise do habeas corpus de Lula.

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