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Se PEC não passar, buscaremos outros meios, diz Meirelles

Meirelles disse que se a PEC que fixa um teto para os gastos não for aprovada, a equipe econômica terá de "procurar outras formas de diminuição de gastos"


	Henrique Meirelles: tais medidas seriam "menos estruturais, portanto menos eficazes"
 (Reuters/Ueslei Marcelino)

Henrique Meirelles: tais medidas seriam "menos estruturais, portanto menos eficazes" (Reuters/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 23h37.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou há pouco que, se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa um teto para os gastos não for aprovada pelo Congresso Nacional, a equipe econômica terá de "procurar outras formas de diminuição de gastos".

Tais medidas seriam "menos estruturais, portanto menos eficazes", reconheceu o ministro em entrevista ao Jornal das Dez, da Globonews. Nestas circunstâncias, elevação de impostos também seria uma possibilidade para reequilibrar as contas públicas.

"Certamente iríamos procurar outras formas de diminuição dos gastos fiscais, diminuição das despesas, menos estruturais, portanto menos eficazes, mas que poderiam ser aplicadas (em caso de rejeição da PEC). Em última análise, vamos ter que procurar aumento de arrecadação, de um lado através de venda de ativos, que já vamos fazer de qualquer maneira, e, em último caso, aumento de impostos é sempre possibilidade a ser levada em conta", disse Meirelles.

O ministro, porém, avaliou que a medida foi bem recebida pelos líderes que se reuniram hoje pela manhã com a equipe econômica e com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) para discutir os detalhes da proposta. Ele ainda ressaltou que aumentar a carga tributária, já elevada, "não é uma boa solução". "Por isso, demos prioridade a uma grande proposta de controle de despesas, não de aumento de impostos."

Meirelles voltou a dizer que a rapidez na aprovação da PEC pelo Congresso Nacional pode contribuir na coordenação de expectativas e na recuperação da confiança, algo considerado determinante para que a economia brasileira volte a crescer e a gerar empregos. Uma aprovação ainda este ano, segundo o ministro, poderia trazer consequências positivas já para 2017. (Idiana Tomazelli - idiana.tomazelli@estadao.com)

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