Brasil

Se ocorreu, foi legal, diz igreja sobre empréstimo a Cláudia Cruz

A Operação Lava Jato vê lavagem de dinheiro no empréstimo feito pela Igreja Evangélica Cristo em Casa, de propriedade do radialista, à Cláudia Cruz

Lava Jato: o empréstimo teria sido de R$ 250 mil e foi realizado em 2008 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Lava Jato: o empréstimo teria sido de R$ 250 mil e foi realizado em 2008 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 16h13.

Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 16h37.

São Paulo - A família do radialista Francisco Oliveira da Silva afirmou nesta sexta-feira, 21, em nota oficial, que se ocorreu o empréstimo de R$ 250 mil, em 2008, à mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) "foi dentro das normas legais".

A Operação Lava Jato vê lavagem de dinheiro no empréstimo feito pela Igreja Evangélica Cristo em Casa, de propriedade do radialista, à Cláudia Cruz.

"Com a saúde frágil há mais de seis anos, o sr. Francisco está impossibilitado de se manifestar publicamente sobre o episódio, mas nós, seus familiares, estamos prontos para esclarecer todos os fatos e, se a doação descrita pelas reportagens realmente ocorreu, foi, com certeza, realizada dentro de normas legais e sem nenhum item jurídico que a desaprovasse", diz a nota.

Conhecido como Oliveira Francisco da Silva, o radialista é ex-deputado federal pelo Rio e aliado de Eduardo Cunha.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, após a quebra de sigilo bancário de Cláudia Cruz e de Francisco Oliveira da Silva, "não foram identificados relacionamentos financeiros entre as partes".

A Procuradoria da República, no Paraná, aponta que "o contrato de mútuo serviu apenas como uma fraude para dar lastro para o ingresso de recursos espúrios provenientes dos crimes praticados por Eduardo Cunha no patrimônio da investigada".

A família do radialista declarou na nota que "não procede a informação de que haveria sido feita alguma doação a sra. Cláudia Cruz por meio de uma igreja em nome do sr. Francisco".

"A igreja mencionada nas reportagens realmente existiu, mas apenas como razão social sem jamais ter erguido templos ou instituições físicas em seu nome. Fato este que a impediria de realizar ou receber qualquer tipo de doação, fundamentalmente financeira", aponta a família.

"A família irá buscar todas as informações necessárias em consonância com a legalidade jurídica pertinaz para que não pairem dúvidas quanto à idoneidade do sr. Francisco Silva, construída ao longo de anos com uma relação transparente e fraternal com o seu público. O sr. Francisco Silva é radialista, evangélico, porém jamais líder religioso e tampouco mantenedor de templos sob o seu comando."

A ÍNTEGRA DA NOTA DA FAMÍLIA DO RADIALISTA

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre informação do Ministério Público Federal de que o sr. Francisco Oliveira da Silva haveria feito uma doação, por meio de uma suposta igreja, para a sra. Cláudia Cruz, a família do sr. Francisco esclarece:

1) Não procede a informação de que haveria sido feita alguma doação a sra. Cláudia Cruz por meio de uma igreja em nome do sr. Francisco. A igreja mencionada nas reportagens realmente existiu, mas apenas como razão social sem jamais ter erguido templos ou instituições físicas em seu nome. Fato este que a impediria de realizar ou receber qualquer tipo de doação, fundamentalmente financeira;

2) quanto à suposta doação feita a sra. Cláudia Cruz, a família do sr. Francisco Silva está, com apoio de seu corpo jurídico, rastreando as informações fiscais pertinentes para esclarecer a opinião pública. O fato descrito pela imprensa remonta de 2008, ou seja, oito anos atrás. Sendo assim, a família irá buscar todas as informações necessárias em consonância com a legalidade jurídica pertinaz para que não pairem dúvidas quanto à idoneidade do sr. Francisco Silva, construída ao longo de anos com uma relação transparente e fraternal com o seu público. O sr. Francisco Silva é radialista, evangélico, porém jamais líder religioso e tampouco mantenedor de templos sob o seu comando;

3) com a saúde frágil há mais de seis anos, o sr. Francisco está impossibilitado de se manifestar publicamente sobre o episódio, mas nós, seus familiares, estamos prontos para esclarecer todos os fatos e, se a doação descrita pelas reportagens realmente ocorreu, foi, com certeza, realizada dentro de normas legais e sem nenhum item jurídico que a desaprovasse.

Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2016.

Ass. Assessoria de Comunicação e Imprensa

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CunhaOperação Lava Jato

Mais de Brasil

STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira

Três pessoas morrem soterradas em Taubaté, no interior de São Paulo

Governadores do Sudeste e Sul pedem revogação de decreto de Lula que regula uso de força policial

Pacote fiscal: Lula sanciona mudanças no BPC com dois vetos