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"Se é guerra, vamos para a guerra", diz líder do PT

Indignado com a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, à CPI, Sibá Machado prometeu reagir aos ataques da oposição na comissão

Sibá Machado: "vou para cima dos tucanos. Querem show. O circo está armado", afirmou (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 11h18.

Brasília - Indignado com a convocação do tesoureiro do PT , João Vaccari Neto, para prestar depoimento à CPI da Petrobras na Câmara nesta quinta-feira, 9, o líder do partido na Casa, deputado Sibá Machado (AC), prometeu reagir aos ataques da oposição na comissão.

"Vou para cima dos tucanos. Querem show. O circo está armado", afirmou nesta manhã. "Se é guerra, vamos para a guerra", disse.

Apesar de ter conseguido nessa quarta uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que o permite ficar em silêncio, Machado disse que o tesoureiro vai falar. A articulação contra o PT tem sido liderada principalmente pelo PMDB.

No entanto, como o partido comanda, além da CPI, a Câmara e o Senado, os petistas preferem não declarar guerra contra peemedebistas.

"O primeiro alvo nosso aqui é o que é o inimigo político. Este é o alvo. Não vamos nos desvirtuar deste alvo", afirmou Sibá Machado em referência aos parlamentares do PSDB.

Segundo o líder do partido, eles estão "procurando elementos" para protocolar pedidos para investigar envolvimento de tucanos em casos como os cartéis dos metrôs de São Paulo e Salvador, o da existência de contas na Suíça e do esquema de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda. "Vamos buscar informações sobre todos", disse o líder.

O motivo de tanta revolta é o depoimento de Vaccari nesta manhã. O líder teme apenas a agressividade dos oposicionistas e disse que a liminar é para evitar que o tesoureiro receba voz de prisão da CPI.

"Eles querem criminalizar as receitas do PT", disse Machado, para quem a CPI tem como alvo seu partido. "A CPI não deixa de ser um palco de disputa política, mas esta quer acabar com o PT. A briga aqui tem outro foco", afirmou. Os deputados de diversos partidos madrugaram nesta manhã para ter prioridade na lista para fazer perguntas.

O líder do partido na Câmara também criticou os petistas que defendem o afastamento de Vaccari durante a investigação das denúncias feitas contra ele. "Não topo. Quem diz isso está fora do eixo. O petista que diz isso está fora do eixo", afirmou.

"Só sai se provar alguma coisa (contra ele). Estou confiando na palavra", disse Sibá Machado.

Vaccari é apontado como um dos operadores do esquema de arrecadação de propina na Petrobras. Pelo esquema desvendado na Operação Lava Jato, PT, PMDB e PP arrecadavam 1% a 3% em contratos da estatal.

O PT ficava com 2% de todos os contratos via Diretoria de Serviços. Segundo a Polícia Federal, Vaccari operava em conjunto com o ex-diretor Renato Duque e com o ex-gerente da área, Pedro Barusco.

Questionado sobre o treinamento que Vaccari estaria recebendo para lidar com a CPI, Sibá Machado procurou mostrar não ter relacionamento com o tesoureiro de seu partido. "Não faço ideia. Não converso com o Vaccari", afirmou.

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Brasília - Indignado com a convocação do tesoureiro do PT , João Vaccari Neto, para prestar depoimento à CPI da Petrobras na Câmara nesta quinta-feira, 9, o líder do partido na Casa, deputado Sibá Machado (AC), prometeu reagir aos ataques da oposição na comissão.

"Vou para cima dos tucanos. Querem show. O circo está armado", afirmou nesta manhã. "Se é guerra, vamos para a guerra", disse.

Apesar de ter conseguido nessa quarta uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que o permite ficar em silêncio, Machado disse que o tesoureiro vai falar. A articulação contra o PT tem sido liderada principalmente pelo PMDB.

No entanto, como o partido comanda, além da CPI, a Câmara e o Senado, os petistas preferem não declarar guerra contra peemedebistas.

"O primeiro alvo nosso aqui é o que é o inimigo político. Este é o alvo. Não vamos nos desvirtuar deste alvo", afirmou Sibá Machado em referência aos parlamentares do PSDB.

Segundo o líder do partido, eles estão "procurando elementos" para protocolar pedidos para investigar envolvimento de tucanos em casos como os cartéis dos metrôs de São Paulo e Salvador, o da existência de contas na Suíça e do esquema de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda. "Vamos buscar informações sobre todos", disse o líder.

O motivo de tanta revolta é o depoimento de Vaccari nesta manhã. O líder teme apenas a agressividade dos oposicionistas e disse que a liminar é para evitar que o tesoureiro receba voz de prisão da CPI.

"Eles querem criminalizar as receitas do PT", disse Machado, para quem a CPI tem como alvo seu partido. "A CPI não deixa de ser um palco de disputa política, mas esta quer acabar com o PT. A briga aqui tem outro foco", afirmou. Os deputados de diversos partidos madrugaram nesta manhã para ter prioridade na lista para fazer perguntas.

O líder do partido na Câmara também criticou os petistas que defendem o afastamento de Vaccari durante a investigação das denúncias feitas contra ele. "Não topo. Quem diz isso está fora do eixo. O petista que diz isso está fora do eixo", afirmou.

"Só sai se provar alguma coisa (contra ele). Estou confiando na palavra", disse Sibá Machado.

Vaccari é apontado como um dos operadores do esquema de arrecadação de propina na Petrobras. Pelo esquema desvendado na Operação Lava Jato, PT, PMDB e PP arrecadavam 1% a 3% em contratos da estatal.

O PT ficava com 2% de todos os contratos via Diretoria de Serviços. Segundo a Polícia Federal, Vaccari operava em conjunto com o ex-diretor Renato Duque e com o ex-gerente da área, Pedro Barusco.

Questionado sobre o treinamento que Vaccari estaria recebendo para lidar com a CPI, Sibá Machado procurou mostrar não ter relacionamento com o tesoureiro de seu partido. "Não faço ideia. Não converso com o Vaccari", afirmou.

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