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Saúde orienta que autoridades recomendem cancelamento de eventos em massa

O ministério também indica o isolamento por 7 dias de todas as pessoas que chegam de viagens internacionais, mesmo sem sintomas

Jogo de futebol: Ministério da Saúde recomenda que grandes eventos sejam cancelados (Edison Vara/Reuters)

Jogo de futebol: Ministério da Saúde recomenda que grandes eventos sejam cancelados (Edison Vara/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2020 às 15h29.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 17h06.

O Ministério da Saúde recomendou nesta sexta-feira, 13, medidas mais restritivas para evitar o avanço do novo coronavírus, entre elas o isolamento por 7 dias de todas as pessoas que chegam de viagens internacionais, mesmo sem sintomas, e cancelamento de eventos com aglomerações.

O governo passa a considerar também quarentena em locais onde a ocupação de leitos de UTI para a nova doença ultrapassarem 80%.

Organizadores devem discutir o cancelamento ou adiamento de eventos em locais fechados e com aglomeração, com cerca de 100 pessoas ou mais. O principal recado para população é reduzir o contato social. Até velórios com um grande número de pessoas devem ser evitados.

Bufês de comida no estilo self-service devem ser eliminados e se acontecerem, que sejam em locais abertos e sem a presença de doentes. A intenção é reduzir a velocidade de transmissão da doença e manter o serviço de saúde ativo.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, disse que, apesar do foco na nova enfermidade, o serviço continua ativo para outros males. "Continuamos com dengue, cirurgias, acidentes; não estamos cuidando só de novo coronavírus", disse.

"Cada gestor, de cada unidade federada, deve adaptar essas recomendações para sua realidade local. O gestor local tem a sua disposição a lei de emergência sanitária para novo coronavírus, a portaria que estabelece ações de quarentena e isolamento, entre outras regras", afirmou.

Segundo Oliveira, a estimativa é que a cada três dias o número de casos dobre sem adoção de medidas propostas pelo Ministério da Saúde. Ele disse ainda que é fundamental que cada hospital tenha seu plano de contingência para, quando aumentar demanda por atendimento respiratório, ele possa adaptar a sua estrutura para ampliar leitos com segurança.

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