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Saúde libera R$ 53 milhões para fábricas de vacinas do Butantan

Os recursos serão utilizados na aquisição de equipamentos para imunizantes contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B

Vacinas: para o ano que vem, Barros disse que a intenção é aumentar a cobertura da imunização contra gripe (Karoly Arvai / Reuters/Reuters)

Vacinas: para o ano que vem, Barros disse que a intenção é aumentar a cobertura da imunização contra gripe (Karoly Arvai / Reuters/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 16h31.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 16h33.

O Ministério da Saúde assinou hoje (8) convênio para liberação de R$ 53 milhões para a produção de quatro vacinas no Instituto Butantan.

Os recursos serão utilizados na aquisição de equipamentos nas fábricas responsáveis pelos imunizantes contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

A modernização das unidades de produção atende a exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Devido à resolução anterior editada pela agência, a atividade nas fábricas estava interrompida desde 2011.

Segundo o diretor do Butantan, Jorge Kalil, a vacina contra a coqueluche, que está sendo desenvolvida no instituto, é mais eficiente do que as disponíveis atualmente.

Ele disse que na Europa e nos Estados Unidos é usada a vacina acelular, que utiliza apenas algumas das proteínas que compõe a bactéria que causa a doença.

Porém, no Brasil é usado todo o microrganismo. "Nós entendemos que a bactéria inteira é que promove maior proteção na vacina. Só que ela é tóxica em adultos", disse.

A redução da toxidade da bactéria para diminuir os efeitos colaterais da imunização é o principal avanço do produto desenvolvido pelo instituto.

"Vamos precisar da fábrica para fazer os últimos testes clínicos", afirmou o diretor, sobre a importância do dinheiro liberado hoje.

Migrações

Segundo Kalil, a coqueluche é uma doença que reapareceu em diversos países com as recentes migrações. "Essas ondas migratórias que estamos tendo na Europa faz com que esse pessoal traga doenças que estavam extintas na Europa e nos Estados Unidos", enfatizou.

Esse fluxo de pessoas e consequente trânsito de microrganismos é uma preocupação do governo brasileiro.

"Cada vez mais, a imigração que acontece entre vários países vai necessitar de mais e mais vacinas. Nós queremos estar preparados para abastecer o nosso mercado e, também, para sermos exportadores de vacinas para todo o mundo", ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Para o ano que vem, Barros disse que a intenção é aumentar a cobertura da imunização contra gripe.

"Nós estamos ampliando de 60 milhões para 80 milhões de doses da vacina de influenza para 2018 e, evidentemente, haverá uma ampliação do público a ser coberto por essa vacinação", destacou, sem adiantar quais serão os grupos que vão receber a vacina a partir do próximo ano.

Em relação à febre amarela, o ministro disse que foram disponibilizadas 10 milhões de doses extras da vacina contra a doença, além do que é oferecido normalmente para o calendário anual de vacinação.

"A vacina da febre amarela, que está sendo produzida em escala máxima de produção, para que, eventualmente, em uma necessidade, nós possamos ter disponível", acrescentou.

Na região da Zona da Mata mineira, onde, segundo Barros, está um dos principais focos da doença, 90% dos residentes já foram imunizados.

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