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Saúde e educação não podem ter orçamento limitado, diz Doria

Prefeito eleito de São Paulo disse que PEC do teto de gastos, que está na Câmara dos Deputados, não o preocupa.


	João Doria: "saúde e educação não pode ter limite, tem que ter eficiência em gestão e fazer com que os investimentos funcione", disse prefeito eleito
 (Rodrigo Paiva / Reuters)

João Doria: "saúde e educação não pode ter limite, tem que ter eficiência em gestão e fazer com que os investimentos funcione", disse prefeito eleito (Rodrigo Paiva / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 22h22.

São Paulo - Perguntado sobre se a proposta do governo federal de limitar o crescimento nos gastos públicos preocupa os futuros repasses à Prefeitura de São Paulo, o prefeito eleito João Doria (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 3, que investimentos em saúde e educação não poderão ter limitações no orçamento público e que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, que está na Câmara dos Deputados, não o preocupa.

"Não preocupa (a PEC dos gastos). Você não pode imaginar limitar investimentos em saúde, pode limitar gastos que não sejam essenciais na vida de uma cidade, saúde e educação não pode ter limite, tem que ter eficiência em gestão e fazer com que os investimentos funcione,", disse Doria, na entrada do Palácio dos Bandeirantes, onde chegou na noite desta segunda-feira para um encontro com o governador Geraldo Alckmin

Citando que o orçamento da Prefeitura deve ter uma redução de R$ 3 bilhões em 2017, em relação a 2016, Doria afirmou que ninguém "em sã consciência" cortaria gastos na área da Saúde.

"Tenho tido boas conversas com o prefeito Fernando Haddad e tenho convicção que ele não vai tirar recursos da saúde", disse.

Doria afirmou que não teme encontrar nenhum "cadáver escondido" nas finanças do município em janeiro. "Eu não duvido da boa postura do prefeito Fernando Haddad, ele já me assegurou que as circunstâncias (financeiras) são boas", falou.

Segundo Doria, o encontro com o governador acontece para combinar programas integrados do governo do Estado e da Prefeitura, especialmente na área da saúde.

Ele voltou a citar o programa Corujão da Saúde, que vai colocar hospitais do Estado e privados para atender pacientes das 20 às 8 horas.

"O Corujão não é suficiente, mas é uma das iniciativas que vamos adotar para zerar a fila de meio milhão de pessoas que esperam por exames", falou o tucano, dizendo que a meta é zerar esse déficit até o fim de 2017.

O prefeito eleito assegurou que não trataria da nomeação de cargos nesta reunião com o governador Alckmin. O assunto será tratado em novembro pela equipe que coordena a transição, disse Doria.

Encontro com Temer

João Doria afirmou que poderá encontrar com o presidente Michel Temer na semana que vem em São Paulo. "Ele é daqui, vem constantemente (para a capital paulista). Esta semana ele está na Argentina e no Paraguai, mas talvez na semana que vem possamos nos encontrar aqui em São Paulo", disse.

Doria contou que tem conversado com integrantes do governo federal e pedido atenção especial a São Paulo na articulação de programas e recursos.

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