Satélite que país deve lançar reduzirá efeitos de espionagem
"O sistema que estamos montando para o Ministério de Defesa conta com padrões militares de segurança", disse o engenheiro Nelson Salgado, presidente da Visiona
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 19h17.
Rio de Janeiro - O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) que o Brasil lançará em 2016 para suas comunicações militares e para universalizar o acesso à internet reduzirá a vulnerabilidade à espionagem , segundo um dos responsáveis pelo projeto.
"O sistema que estamos montando para o Ministério de Defesa conta com padrões militares de segurança", disse nesta quinta-feira à Agência Efe o engenheiro Nelson Salgado, presidente da Visiona, a empresa que se adjudicou da licitação do Governo para desenvolver o projeto do que será o primeiro satélite geoestacionário próprio do Brasil.
Salgado, um dos principais expositores nesta quinta-feira no XIII Congresso Latino-Americano de Satélites no Rio de Janeiro, explicou que o Ministério da Defesa está aproveitando a experiência que já tem em criptografia e segurança no tráfego de dados para montar o sistema com o qual operará canais exclusivos que terá à disposição o novo satélite.
O interesse do Governo brasileiro em contar com um sistema próprio de comunicação por satélite cresceu nos últimos dias após as denúncias de que a agência americana de segurança NSA espionou as comunicações telefônicas e eletrônicas da presidente Dilma Rousseff e de seus principais assessores.
Os documentos que revelam essas supostas operações foram divulgados no domingo pelo canal de televisão Globo e têm como base arquivos que o jornalista Glenn Greenwald, colunista do jornal "The Guardian" e residente no Rio de Janeiro, obteve diretamente de Edward Snowden, ex-analista da NSA e da CIA.
O Brasil reagiu com indignação às revelações, convocou o embaixador dos EUA no país, Thomas Shannon, exigiu explicações "rápidas e por escrito" ao Governo de Barack Obama, e colocou em dúvida a visita oficial a Washington que Dilma tem prevista para 23 de outubro.
Salgado admitiu que, pelo menos em sua aplicações militares, o sigilo das comunicações do satélite estará garantido.
O presidente da Telebras, Caio Bonilha, disse nesta quarta-feira que a intenção do Governo é proteger as redes pelas quais passam informações estratégicas.
"Vamos trabalhar com algoritmos e criptografia próprios para que todos os dados sensíveis que passem por nosso satélite sejam invioláveis", afirmou o presidente da Telebras, que será operadora do SGDC.
O Ministério da Defesa do Brasil usa atualmente para suas comunicações por satélite os serviços de Star One, uma subsidiária da brasileira Embratel, que é controlada pela multinacional América Móvil do bilionário mexicano Carlos Slim.
O Brasil contava com satélites próprios para suas comunicações militares até 1997, quando a então Embratel foi privatizada.
"Isso é incômodo para os militares. Gera um problema de segurança em determinadas situações críticas", segundo Bonilha.
Para voltar a ter controle direto sobre suas comunicações estratégicas e garantir o acesso à internet pro banda larga em todo o país, o Governo iniciou há dois anos um projeto para lançar e operar seu próprio satélite geoestacionário.
A missão foi encomendada à empresa Visiona Tecnologia Espacial, um consórcio integrado pela Telebras (49%) e pela Embraer (51%).
A Visiona anunciou no mês passado que escolheu o grupo europeu Thales Alenia Space para fabricar o aparelho e a Arianespace para mandá-lo ao espaço.
O Governo planejava lançar seu satélite em 2014 para atender parte da demanda gerada pelo Mundial de futebol que o país organizará nesse ano, mas teve que adiá-lo.
"A previsão mais realista é que poderemos estar em operação em cerca de 36 meses, ou seja em meados de 2016", segundo as declarações de Salgado à Agência Efe.
Rio de Janeiro - O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) que o Brasil lançará em 2016 para suas comunicações militares e para universalizar o acesso à internet reduzirá a vulnerabilidade à espionagem , segundo um dos responsáveis pelo projeto.
"O sistema que estamos montando para o Ministério de Defesa conta com padrões militares de segurança", disse nesta quinta-feira à Agência Efe o engenheiro Nelson Salgado, presidente da Visiona, a empresa que se adjudicou da licitação do Governo para desenvolver o projeto do que será o primeiro satélite geoestacionário próprio do Brasil.
Salgado, um dos principais expositores nesta quinta-feira no XIII Congresso Latino-Americano de Satélites no Rio de Janeiro, explicou que o Ministério da Defesa está aproveitando a experiência que já tem em criptografia e segurança no tráfego de dados para montar o sistema com o qual operará canais exclusivos que terá à disposição o novo satélite.
O interesse do Governo brasileiro em contar com um sistema próprio de comunicação por satélite cresceu nos últimos dias após as denúncias de que a agência americana de segurança NSA espionou as comunicações telefônicas e eletrônicas da presidente Dilma Rousseff e de seus principais assessores.
Os documentos que revelam essas supostas operações foram divulgados no domingo pelo canal de televisão Globo e têm como base arquivos que o jornalista Glenn Greenwald, colunista do jornal "The Guardian" e residente no Rio de Janeiro, obteve diretamente de Edward Snowden, ex-analista da NSA e da CIA.
O Brasil reagiu com indignação às revelações, convocou o embaixador dos EUA no país, Thomas Shannon, exigiu explicações "rápidas e por escrito" ao Governo de Barack Obama, e colocou em dúvida a visita oficial a Washington que Dilma tem prevista para 23 de outubro.
Salgado admitiu que, pelo menos em sua aplicações militares, o sigilo das comunicações do satélite estará garantido.
O presidente da Telebras, Caio Bonilha, disse nesta quarta-feira que a intenção do Governo é proteger as redes pelas quais passam informações estratégicas.
"Vamos trabalhar com algoritmos e criptografia próprios para que todos os dados sensíveis que passem por nosso satélite sejam invioláveis", afirmou o presidente da Telebras, que será operadora do SGDC.
O Ministério da Defesa do Brasil usa atualmente para suas comunicações por satélite os serviços de Star One, uma subsidiária da brasileira Embratel, que é controlada pela multinacional América Móvil do bilionário mexicano Carlos Slim.
O Brasil contava com satélites próprios para suas comunicações militares até 1997, quando a então Embratel foi privatizada.
"Isso é incômodo para os militares. Gera um problema de segurança em determinadas situações críticas", segundo Bonilha.
Para voltar a ter controle direto sobre suas comunicações estratégicas e garantir o acesso à internet pro banda larga em todo o país, o Governo iniciou há dois anos um projeto para lançar e operar seu próprio satélite geoestacionário.
A missão foi encomendada à empresa Visiona Tecnologia Espacial, um consórcio integrado pela Telebras (49%) e pela Embraer (51%).
A Visiona anunciou no mês passado que escolheu o grupo europeu Thales Alenia Space para fabricar o aparelho e a Arianespace para mandá-lo ao espaço.
O Governo planejava lançar seu satélite em 2014 para atender parte da demanda gerada pelo Mundial de futebol que o país organizará nesse ano, mas teve que adiá-lo.
"A previsão mais realista é que poderemos estar em operação em cerca de 36 meses, ou seja em meados de 2016", segundo as declarações de Salgado à Agência Efe.