São Paulo tem protesto contra plano de Trump sobre Jerusalém
No protesto, participaram integrantes da comunidade árabe e ativistas de movimentos sociais, que caminharam até o consulado dos EUA
EFE
Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 21h34.
São Paulo - Cerca de 200 pessoas protestaram nesta sexta-feira em frente ao consulado dos Estados Unidos em São Paulo contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer a cidade de Jerusalém como capital de Israel e de transferir para lá a embaixada americana.
Em um ambiente de relativa tensão devido à forte presença policial no local, alguns manifestantes queimaram cartazes com a bandeira dos EUA enquanto gritavam palavras de ordem contra Trump, como pôde constatar a Agência Efe.
No protesto, participaram integrantes da comunidade árabe e ativistas de movimentos sociais, que percorreram quase um quilômetro pelas ruas da capital paulista até o consulado dos Estados Unidos.
A multidão, colorida com bandeiras palestinas e entoando gritos de "Trump assassino, deixa em paz o povo palestino", reivindicou Jerusalém como capital do seu futuro estado independente palestino e condenou a decisão do presidente americano, a quem acusaram de "imperialista".
"Jerusalém é a terra sagrada para o povo judeu, para o povo cristão e para o povo muçulmano (...) Os EUA apoiaram que Israel avançasse sobre os limites fronteiriços mais do que eles já avançaram", denunciou à Efe Sheik Rodrigo, líder do centro islâmico Fátima Az-Zahra.
Para o religioso, Israel é uma "entidade violenta que não está a favor da democracia".
Também esteve presente Sayid Morales, natural do Líbano, que expressou sua indignação contra o que considera uma "ocupação" e "exploração" por parte de Israel e EUA, aos quais acusou de estarem cometendo um "crime contra a humanidade" contra "o povo palestino e outros povos do Oriente Médio".
Trump anunciou na semana passada o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e prometeu a mudança da embaixada de Tel Aviv para essa cidade, após décadas de consenso internacional que condicionavam essa decisão a um acordo de paz.