Brasil

SP vai vacinar 1 milhão após morte de macaco por febre amarela

A decisão foi tomada após a confirmação na última sexta-feira, 20, de que um macaco encontrado morto no Horto Florestal estava infectado pelo vírus

Vacina de Febre Amarela (Reuters/Reuters)

Vacina de Febre Amarela (Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 06h50.

Última atualização em 23 de outubro de 2017 às 16h18.

São Paulo - Após a confirmação na última sexta-feira, 20, de que um macaco encontrado morto no Horto Florestal, na zona norte da capital, estava infectado pela febre amarela, a Secretaria de Estado da Saúde informou que pretende vacinar um milhão de pessoas que moram no entorno do parque.

"Os funcionários do Horto estavam vacinados. Nós estamos vacinando o pessoal que mora no horto e a previsão é, nos próximos dias, vacinar um milhão de pessoas que moram nos bairros que circundam o horto, obviamente as pessoas não vacinadas", afirma David Uip, secretário de Estado da Saúde.

Segundo Uip, uma reunião entre a pasta e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente será realizada nesta segunda-feira, 23, para discutir o plano de vacinação. Uip disse ainda que a quantidade de doses disponíveis para a população será verificada. As informações devem ser divulgadas após a reunião.

"Estamos levantando tudo, com toda a precisão, e o que for preciso, (vamos fazer a) solicitação para o Ministério da Saúde. Tem uma boa parte da população já vacinada, especialmente agora com as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do ministério de que uma dose é suficiente. A outra é que, aquilo que for necessário, estaremos discutindo com o Ministério da Saúde que é quem provêm o Estado com as vacinas."

O secretário informou que, há dois anos e cinco meses, a pasta vem acompanhando o aumento do número de mortes de macacos com o vírus e que têm sido realizadas ações de monitoramento dos animais e dos mosquitos. A doença pode ser transmitida pelas espécies haemagogus, em áreas florestais, e Aedes aegypti, em regiões urbanas.

"Está tendo um aumento importante de infecção e de mortes de macacos, mas é importante lembrar que o macaco não transmite a doença para o ser humano, quem transmite é o mosquito."

Mutirão

No último sábado, 21, primeiro dia do mutirão de vacinação contra a febre amarela para moradores do entorno do Horto Florestal, na zona norte, 4.126 pessoas receberam imunização contra a doença.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a vacinação foi realizada em parceria com o Governo do Estado em um posto volante instalado na associação do bairro, na UBS Horto Florestal e na UBS/ AMA Jardim Peri. A partir desta segunda-feira, 23, os moradores poderão se vacinar nas UBSs Vila Dionísia e Mariquinha Sciascia, também na zona norte. A vacinação será das 8h às 17h.

A secretaria informou que não há nenhum registro de febre amarela silvestre contraída na própria capital neste ano, mas foram contabilizados 12 casos importados da doença.

No Estado, foram registrados 51 casos de febre amarela silvestre em 2017, dos quais 22 foram contraídos em outros Estados. Segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde, 16 pessoas que foram infectadas pelo vírus morreram neste ano. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

A vacina não é indicada para gestantes, mulheres amamentando, crianças até os 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes com câncer.

Acompanhe tudo sobre:DoençasFebre amarelasao-pauloVacinas

Mais de Brasil

Novo oficializa candidatura de Marina Helena à prefeitura de SP com coronel da PM como vice

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar 'inabitável' em 50 anos; entenda

Temperatura acima de 30°C para 13 capitais e alerta de chuva para 4 estados; veja previsão

Discreta, Lu Alckmin descarta ser vice de Tabata: 'Nunca serei candidata'

Mais na Exame