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São Paulo quer aumentar número de moradores no centro

Prefeitura espera que pelo menos 6,5 mil famílias se mudem para a região nos próximos anos; revitalização da antiga Cracolânia é a principal aposta

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Vale do Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo  (Dornicke/Wikimedia Commons)

Vale do Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo (Dornicke/Wikimedia Commons)

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Vinicius Konchinski

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às, 16h02.

São Paulo – Dois projetos da prefeitura de São Paulo pretendem aumentar o número de moradores da região central da capital paulista. Área com grande oferta de empregos e de fácil acesso a serviços públicos, o centro é visto pela gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) como parte da solução dos problemas de habitação da cidade.

É lá que a prefeitura espera abrigar cerca de 6,5 mil famílias nos próximos anos. O número é considerável, tendo em vista que são construídas em São Paulo cerca de 10 mil moradias populares por ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Habitação.

Mais da metade dessas famílias deve ocupar uma das 4 mil novas residências previstas no projeto de revitalização das proximidades da Estação da Luz, área também conhecida como Cracolândia, por ser muito frequentada por usuários de droga. O projeto Nova Luz, além de outras intervenções, prevê que praticamente dobrar o número de moradores da região.

De acordo com o secretário de Habitação, Ricardo Pereira Leite, após a conclusão do projeto, o número de moradores nas proximidades da Estação de Luz deve subir dos atuais 11 mil para 20 mil. “Nossa intenção é aumentar a densidade populacional. Quando a gente mora, a gente cuida mais.”

Leite participou hoje (3) de um debate sobre alternativas para habitação no centro de São Paulo, promovido pela associação Viva o Centro. No evento, o secretário também falou sobre o projeto municipal Renova Centro.

Nesse projeto, a prefeitura pretende requalificar 53 prédios vazios e transformá-los em 2,5 mil moradias. A assinatura do decreto que prevê a desapropriação dos imóveis ociosos completa um ano amanhã (4), mas até agora poucos prédios tiveram a situação jurídica resolvida. Mesmo assim, o secretário acredita que as primeiras habitações serão entregues no ano que vem.

Leite afirmou que as moradias serão destinadas a famílias com renda mensal de até dez salários mínimos. A ideia é “misturar” várias classes sociais em um mesmo espaço e, dessa forma, aperfeiçoar a administração dos condomínios e reduzir as desigualdades da cidade.

O secretário disse também que a criação de moradias no centro pode colaborar para solução de outro grande problema de São Paulo: os congestionamentos. Segundo ele, boa parte dos paulistanos se descoloca quilômetros para ir e voltar do trabalho todo dia. Morando no centro, parte dessas pessoas estaria mais perto do emprego e isso contribuiria para a fluidez do trânsito.

O presidente da Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, afirmou que o adensamento populacional do centro pode contribuir para o aumento da qualidade de vida de São Paulo. Ele destacou também que as políticas de habitação são fundamentais para que isso ocorra.

“A habitação é fundamental para a recuperação do centro”, disse Almeida. “É necessário o adensamento da região para atenuar os problemas da cidade, inclusive o do trânsito.”

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