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Santo Amaro é bairro com mais interessados em Bilhete Único

O prefeito Fernando Haddad instituiu, oficialmente, o Bilhete Único Mensal por meio de um decreto publicado nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da Cidade

Estação Santo Amaro: bairro lidera lista onde mais cartões do Bilhete Único Mensal são retirados por passageiros cadastrados, com 4.972 unidades disponíveis até segunda (Fulvio Souza)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h41.

São Paulo - Dados da São Paulo Transporte (SPTrans) mostram os bairros onde mais cartões do Bilhete Único Mensal, que começa a valer neste sábado, 30, são retirados pelos passageiros cadastrados. Santo Amaro, na zona sul, lidera a lista, com 4.972 unidades disponíveis para serem retiradas até segunda-feira, 22.

Em segundo lugar, aparece a Lapa, na zona oeste, com 4.070 cartões, seguida de Santana, na zona norte, onde 4.004 bilhetes devem ser buscados. Logo depois, vêm a Sé (3.732 cartões), no centro, e o Butantã (3.229), na zona oeste.

Uma das cinco estampas oferecidas para o novo cartão mostra o Theatro Municipal.

O prefeito Fernando Haddad (PT) instituiu, oficialmente, o Bilhete Único Mensal por meio de um decreto publicado nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da Cidade. O benefício passa a valer "a partir de 00h00 (zero hora) de 30 de novembro de 2013" - este sábado, como havia sido divulgado no início do mês por Haddad e pelo secretário dos Transportes, Jilmar Tatto.

No texto, o prefeito de São Paulo destaca que o cartão dará "direito a viagens no período de 31 (trinta e um) dias, contados a partir da data da 1ª utilização após a recarga da tarifa". Sobre esse ponto, especificamente - os preços do Bilhete Único Mensal -, Haddad estabeleceu o que já tinha falado.

O Bilhete Único Mensal exclusivo para as viagens feitas nos ônibus da SPTrans custará 140 reais por mês. Os estudantes, nesse caso, pagam 70 reais. Já o preço do cartão integrado com o metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ), 230 reais, com o direito dos estudantes assegura o benefício por 140 reais.

De acordo com o que anunciou na semana passada a Prefeitura, esse valor não é a metade perfeita porque já conta com a integração com o Metrô e a CPTM, que, individualmente, custa 4,65 reais, e não 3 reais. Ainda no decreto de Haddad, asseguram-se todos os mecanismos do Bilhete Único comum que existem desde 2004, quando foi lançado.

Perfil socioeconômico

Apesar do preço relativamente alto (230 reais para o cartão integrado), a grande maioria dos cadastrados para o Bilhete Único Mensal ganha menos do que dois salários mínimos. As informações da SPTrans mostram que 65% dos passageiros têm renda individual de até R$ 1.147 mensais - valor menor do que o dobro do mínimo atual, de 678 reais.

Na hora da inscrição na página da SPTrans na internet, os interessados podem preencher um questionário socioeconômico. A reportagem teve acesso ao perfil formado pelas respostas a essas perguntas. Ao todo, 125.080 passageiros escreveram no formulário virtual entre abril, quando o cadastro foi aberto, e segunda-feira, 22. Já o número de cadastrados até as 9h30 de quinta-feira, 28, era de 153.267 passageiros.

Mulheres, estudantes e trabalhadores

A maior parte dos usuários do Bilhete Único Mensal (57%) é do sexo feminino. Já os jovens de até 24 anos representam 46% do total de inscritos para obter o benefício (outros 38% têm entre 25 e 40) e 38,3% dos que usarão o cartão trabalham e estudam. Os que só trabalham somam 29,5% e os que apenas estudam chegam a um patamar próximo desse, de 29,4%.

No quesito econômico, chama a atenção que um terço dos cadastrados (33,3%) recebe até um salário mínimo. Isso significa dizer que o Bilhete Único Mensal integrado (o único que permitirá viagens de ônibus, metrô e trens por um preço fixo por mês), ao custo de R$ 230, corresponderá a 34% da renda mensal. Na outra ponta do espectro financeiro, quem ganha acima de R$ 9.263,00 (ou quase 14 salários mínimos) representa apenas 0,5% de todos os interessados no cartão, segundo as estatísticas da SPTrans.

Também são proporcionalmente poucos os passageiros do grupo entre 51 e 60 anos de idade que aderiram ao benefício: correspondem a 5% do total. Os interessados que já concluíram o ensino superior respondem por 22,1% do total de inscritos. Quando o aspecto considerado é a escolaridade, a grande maioria (64,2%) afirmou ter concluído o ensino médio.

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Em segundo lugar, aparece a Lapa, na zona oeste, com 4.070 cartões, seguida de Santana, na zona norte, onde 4.004 bilhetes devem ser buscados. Logo depois, vêm a Sé (3.732 cartões), no centro, e o Butantã (3.229), na zona oeste.

Uma das cinco estampas oferecidas para o novo cartão mostra o Theatro Municipal.

O prefeito Fernando Haddad (PT) instituiu, oficialmente, o Bilhete Único Mensal por meio de um decreto publicado nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da Cidade. O benefício passa a valer "a partir de 00h00 (zero hora) de 30 de novembro de 2013" - este sábado, como havia sido divulgado no início do mês por Haddad e pelo secretário dos Transportes, Jilmar Tatto.

No texto, o prefeito de São Paulo destaca que o cartão dará "direito a viagens no período de 31 (trinta e um) dias, contados a partir da data da 1ª utilização após a recarga da tarifa". Sobre esse ponto, especificamente - os preços do Bilhete Único Mensal -, Haddad estabeleceu o que já tinha falado.

O Bilhete Único Mensal exclusivo para as viagens feitas nos ônibus da SPTrans custará 140 reais por mês. Os estudantes, nesse caso, pagam 70 reais. Já o preço do cartão integrado com o metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ), 230 reais, com o direito dos estudantes assegura o benefício por 140 reais.

De acordo com o que anunciou na semana passada a Prefeitura, esse valor não é a metade perfeita porque já conta com a integração com o Metrô e a CPTM, que, individualmente, custa 4,65 reais, e não 3 reais. Ainda no decreto de Haddad, asseguram-se todos os mecanismos do Bilhete Único comum que existem desde 2004, quando foi lançado.

Perfil socioeconômico

Apesar do preço relativamente alto (230 reais para o cartão integrado), a grande maioria dos cadastrados para o Bilhete Único Mensal ganha menos do que dois salários mínimos. As informações da SPTrans mostram que 65% dos passageiros têm renda individual de até R$ 1.147 mensais - valor menor do que o dobro do mínimo atual, de 678 reais.

Na hora da inscrição na página da SPTrans na internet, os interessados podem preencher um questionário socioeconômico. A reportagem teve acesso ao perfil formado pelas respostas a essas perguntas. Ao todo, 125.080 passageiros escreveram no formulário virtual entre abril, quando o cadastro foi aberto, e segunda-feira, 22. Já o número de cadastrados até as 9h30 de quinta-feira, 28, era de 153.267 passageiros.

Mulheres, estudantes e trabalhadores

A maior parte dos usuários do Bilhete Único Mensal (57%) é do sexo feminino. Já os jovens de até 24 anos representam 46% do total de inscritos para obter o benefício (outros 38% têm entre 25 e 40) e 38,3% dos que usarão o cartão trabalham e estudam. Os que só trabalham somam 29,5% e os que apenas estudam chegam a um patamar próximo desse, de 29,4%.

No quesito econômico, chama a atenção que um terço dos cadastrados (33,3%) recebe até um salário mínimo. Isso significa dizer que o Bilhete Único Mensal integrado (o único que permitirá viagens de ônibus, metrô e trens por um preço fixo por mês), ao custo de R$ 230, corresponderá a 34% da renda mensal. Na outra ponta do espectro financeiro, quem ganha acima de R$ 9.263,00 (ou quase 14 salários mínimos) representa apenas 0,5% de todos os interessados no cartão, segundo as estatísticas da SPTrans.

Também são proporcionalmente poucos os passageiros do grupo entre 51 e 60 anos de idade que aderiram ao benefício: correspondem a 5% do total. Os interessados que já concluíram o ensino superior respondem por 22,1% do total de inscritos. Quando o aspecto considerado é a escolaridade, a grande maioria (64,2%) afirmou ter concluído o ensino médio.

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