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Russomanno aproveita vácuo eleitoral na periferia

O candidato do PRB tem 43% dos eleitores no extremo leste e 34% no leste da cidade, tradicionais redutos petistas na capital paulista


	Celso Russomanno conquista eleitores de ex-redutos petistas em São Paulo
 (Divulgação/Facebook)

Celso Russomanno conquista eleitores de ex-redutos petistas em São Paulo (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2012 às 10h14.

São Paulo - Já escolheu candidato a prefeito? "Celso Russomanno." Nas últimas eleições votou em quem? "Na Marta, no Lula, Dilma...". Sabe quem é o candidato do PT neste ano? "O Haddad, não é?". As respostas seguiam o mesmo padrão na medida em que a reportagem avançava por Ermelino Matarazzo, Cidade Tiradentes e Guaianases, na zona leste de São Paulo, tradicional reduto petista onde o candidato do PRB segue na liderança das intenções de voto.

Russomanno tem 43% dos eleitores no extremo leste e 34% no leste da cidade, segundo a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, do dia 13, contra 17% e 15% de Fernando Haddad (PT), respectivamente. A aposta do PT era de que a candidatura de Haddad decolaria na medida em que ele se tornasse conhecido com a exposição no horário eleitoral ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a entrada da presidente Dilma Rousseff e da ex-prefeita Marta Suplicy. Não aconteceu. Haddad também está atrás em outros redutos petistas, como o extremo sul.

O PT entrou na disputa acreditando que essas "franjas", os extremos da cidade que votaram massivamente em nomes do partido nas últimas três eleições municipais e nas federais, já estavam ganhas. A escolha do acadêmico Fernando Haddad como candidato em 2012 seria estratégica para ganhar "a mancha azul" do centro expandido e a classe média. Nem uma coisa nem outra se confirmou. Na avaliação de um dirigente do partido, Haddad teve dificuldade em convencer a classe média, um eleitorado cujo poder de compra aumentou nos últimos anos e para o qual Russomanno se apresenta como o paladino da defesa do consumidor, enquanto as classes mais baixas, que historicamente votam no PT, não enxergam no acadêmico um candidato petista.

"A Marta, sim, né? Aquela era petista mesmo, vestia a camisa da periferia", diz a comerciante Adriana Pereira, de 33 anos. Historicamente petista, sobrinha de um candidato a vereador do PC do B, da coligação de Haddad, ela diz que votará em Russomanno. "O Celso (Russomanno) tem essa relação com o consumidor, vai trazer mais polícia para o bairro", acredita Adriana, citando uma das promessas do candidato do PRB, que ela diz conhecer "há muito tempo, da TV Record".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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