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Ruptura de bloco que sustentava Lula revela custo, diz FHC

O ex-presidente tucano disse que o bloco que dava sustentação ao governo Lula se rompeu e que essa ruptura está revelando seu custo agora

Fernando Henrique Cardoso: "bloco se arrebentou e a rebentação final está sendo agora" (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 21h00.

São Paulo - O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta segunda-feira, 9, em seminário no instituto que leva seu nome, em São Paulo, que o bloco hegemônico que dava sustentação ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se rompeu e que essa ruptura está revelando seu custo agora, inclusive por meio da Operação Lava Jato .

Segundo FHC, o bloco hegemônico de apoio se formou quando Lula atendeu aos anseios dos pobres com o Bolsa Família e liberou o "grosso dos recursos" para as empresas, como parte de uma política anticíclica, atendendo a empresários e à classe média.

"Houve a decisão de colocar o BNDES e todo o instrumental público a serviço das empresas", afirmou o tucano.

"Quando foi nomeado um amigo meu, Luciano Coutinho, para presidente do BNDES, eu disse: agora é um perigo. O Luciano acredita no modelo coreano de escolher os campeões nacionais e eles vão solidificar um bloco de poder."

As falas constam de um vídeo compartilhado pelo Observatório Político, site concebido pelo Instituto FHC.

Para Fernando Henrique, esse bloco incluía não só o BNDES, como também a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e os fundos de pensão. "Esse bloco de uma alegria aos empresários brasileiros e à classe média também. E Lula era Deus", disse.

Mas, segundo FHC, esse bloco se partiu no começo com a percepção de que "Lula é bom e Dilma é má". "Não é uma coisa nem outra. O bloco se partiu porque se esgotou o modelo econômico", afirmou.

"A primeira reação da sociedade foi pensar: 'Bons os tempos do Lula'. E não perceberam que os tempos de Lula levariam a isso e levaram. A Dilma é autora de muitas dessas transformações e vítima disso tudo também. O bloco se arrebentou e a rebentação final está sendo agora, revelando o custo de tudo isso."

De acordo com o ex-presidente, os petistas haviam dado mostras, durante a transição sob o comando do ex-ministro Antônio Palocci, de que haviam entendido o sistema de tripé econômico - meta de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal - implantado no governo tucano, mas "começaram a destruir paulatina e progressivamente os instrumentos que nós tínhamos posto em prática para modernizar o Brasil".

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Segundo FHC, o bloco hegemônico de apoio se formou quando Lula atendeu aos anseios dos pobres com o Bolsa Família e liberou o "grosso dos recursos" para as empresas, como parte de uma política anticíclica, atendendo a empresários e à classe média.

"Houve a decisão de colocar o BNDES e todo o instrumental público a serviço das empresas", afirmou o tucano.

"Quando foi nomeado um amigo meu, Luciano Coutinho, para presidente do BNDES, eu disse: agora é um perigo. O Luciano acredita no modelo coreano de escolher os campeões nacionais e eles vão solidificar um bloco de poder."

As falas constam de um vídeo compartilhado pelo Observatório Político, site concebido pelo Instituto FHC.

Para Fernando Henrique, esse bloco incluía não só o BNDES, como também a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e os fundos de pensão. "Esse bloco de uma alegria aos empresários brasileiros e à classe média também. E Lula era Deus", disse.

Mas, segundo FHC, esse bloco se partiu no começo com a percepção de que "Lula é bom e Dilma é má". "Não é uma coisa nem outra. O bloco se partiu porque se esgotou o modelo econômico", afirmou.

"A primeira reação da sociedade foi pensar: 'Bons os tempos do Lula'. E não perceberam que os tempos de Lula levariam a isso e levaram. A Dilma é autora de muitas dessas transformações e vítima disso tudo também. O bloco se arrebentou e a rebentação final está sendo agora, revelando o custo de tudo isso."

De acordo com o ex-presidente, os petistas haviam dado mostras, durante a transição sob o comando do ex-ministro Antônio Palocci, de que haviam entendido o sistema de tripé econômico - meta de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal - implantado no governo tucano, mas "começaram a destruir paulatina e progressivamente os instrumentos que nós tínhamos posto em prática para modernizar o Brasil".

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