O senador Romário: "Você me lembra muito um jogador que usava a camisa 11 no passado da Seleção Brasileira. Era destemido e teve muito sucesso em sua carreira". (Agência Senado/Moreira Mariz)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2016 às 06h50.
Brasília - Quando finalmente chegou a vez de o senador Romário (PSB-RJ) falar, oito horas depois do início da sessão da comissão especial do impeachment, o ex-jogador comparou a denunciante Janaína Paschoal a ninguém menos que ele mesmo.
"Você me lembra muito um jogador que usava a camisa 11 no passado da Seleção Brasileira e que não se intimidava com tamanho do zagueiro. Era destemido e teve muito sucesso em sua carreira", disse, elogiando a advogada e, claro, a si próprio.
Foi a primeira intervenção do senador na comissão, da qual é titular. Em sua fala, declarou-se favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Tomei essa decisão baseado na letra da Constituição Federal", afirmou, sustentando que Dilma abriu créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional.
O ex-atleta continuou destacando "a coragem, determinação e conhecimento jurídico" de Janaína Paschoal. "Estou impressionado".
A jurista respondeu: "O senhor se refere àquele atacante que ficava ali, na boca, só esperando para fazer o gol? Olha, e cada gol bonito... Não é rasgação de seda, mas não dá para esquecer.
Independentemente de time ou de se declarar favorável ao meu pedido, parabenizo a Vossa Excelência pela carreira e também por ter entrado na política."
Romário se despediu do plenário desejando bom dia aos companheiros, uma vez que já havia passado da meia-noite.