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Rodrigo Maia pede demissão do governo de SP após apoio de Garcia a Bolsonaro

O ex-presidente da Câmara ensaia aproximação com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se reuniu com o petista nesta terça-feira, 4

Como mostrou o Estadão, secretários do governo de São Paulo ameaçam debandada em razão do apoio do governador a Bolsonaro (EVARISTO SÁ/AFP/Getty Images)

Como mostrou o Estadão, secretários do governo de São Paulo ameaçam debandada em razão do apoio do governador a Bolsonaro (EVARISTO SÁ/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2022 às 12h07.

O ex-deputado Rodrigo Maia (PSDB) pediu demissão do governo de São Paulo após o governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial. Maia, que chegou ao Palácio dos Bandeirantes na gestão do ex-governador João Doria, em 2021, como secretário de Ações Estratégicas, é o primeiro membro da equipe a anunciar sua saída devido ao posicionamento de Garcia. O ex-presidente da Câmara ensaia aproximação com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se reuniu com o petista nesta terça-feira, 4.

Como mostrou o Estadão, secretários do governo de São Paulo ameaçam debandada em razão do apoio do governador a Bolsonaro. Eles dizem ter sido pegos de surpresa pela atitude de Garcia, que avisou o partido de última hora sobre sua decisão. Além de Maia, Sérgio Sá Leitão (Cultura), Laura Machado (Desenvolvimento Social) e Zeina Latif (Desenvolvimento Econômico) consideram deixar seus postos. As demissões podem ocorrer ainda nesta quarta-feira, 5. Maia anunciou a saída em suas redes sociais, embora não tenha detalhado seus motivos.

A decisão de Garcia surpreendeu o diretório estadual do PSDB. Quadros históricos do partido, como Aloysio Nunes, reagiram mal. Nunes disse ao Estadão que o apoio a Bolsonaro "é uma vergonha, é o fim do mundo". Derrotado em sua tentativa de reeleição, Garcia também acertou acordo com Tarcísio de Freitas (Republicanos) na segunda, 3, e revelou sua decisão na terça. A expectativa é que um eventual governo do ex-ministro possa abrigar tucanos próximos ao atual governador em sua equipe. Tarcísio terminou o primeiro turno em primeiro lugar, com 42,32% dos votos. Além disso, Bolsonaro foi o candidato a presidente mais votado no Estado.

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