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Risco de microcefalia associada ao zika é de 14%, diz estudo

Isto significa que uma em cada sete gestantes infectadas com o vírus no Brasil corre o risco de que seu bebê desenvolva microcefalia

Microcefalia: a condição afeta normalmente dois em cada 10 mil recém-nascidos na Europa e no Brasil (Ricardo Moraes / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 08h52.

Tóquio - Pesquisadores da Universidade de Tóquio afirmam que ser infectado pelo vírus da zika durante a gravidez pode aumentar o risco de que o feto desenvolva microcefalia em aproximadamente 14% no Brasil.

Isto significa que uma em cada sete gestantes infectadas com o vírus no Brasil corre o risco de que seu bebê desenvolva microcefalia, é o que indica uma pesquisa liderada pelo professor Hiroshi Nishiura e divulgada nesta sexta-feira pela emissora pública de televisão japonesa "NHK".

A microcefalia, uma condição associada à redução do tamanho do crânio e do cérebro, afeta normalmente dois em cada 10 mil recém-nascidos na Europa e no Brasil, segundo revelou um estudo publicado esta semana na revista britânica "The Lancet".

Segundo essa pesquisa, uma em cada 100 mulheres infectadas pelo vírus da zika durante o primeiro trimestre de gravidez corre o risco de que o feto desenvolva microcefalia, mas os pesquisadores japoneses sugerem que esta proporção é significativamente maior no Brasil.

Para chegar a essas conclusões, o grupo de cientistas japoneses analisou os dados do surto do vírus no nordeste do Brasil, a região mais castigada pela epidemia e onde se registrou a maior concentração de casos de microcefalia em recém-nascidos.

Trata-se do primeiro estudo que utiliza dados recolhidos no Brasil, segundo os pesquisadores japoneses. Já a pesquisa que foi publicada na revista britânica tem como base dados obtidos durante um surto de zika na Polinésia Francesa, entre 2013 e 2014.

Além dos casos notificados de microcefalia em recém-nascidos, os pesquisadores levaram em conta os casos de pacientes diagnosticadas inicialmente com dengue e que, posteriormente, testaram negativo nos exames de sangue, por isso acredita-se que tenham contraído o vírus da zika, cujos sintomas são similares.

Os cientistas não descartam que os números possam variar em função da precisão dos dados coletados no Brasil, mas afirmaram que o risco é aparentemente superior ao que uma pessoa grávida normalmente está sujeita.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 20 países e territórios, em sua maioria latino-americanos, foram decretados como zonas de risco de contágio pelo vírus da zika, que é transmitido por mosquitos da espécie Aedes Aegypti, que também é vetor da dengue e da febre chicungunha.

Apesar de a OMS ter advertido na semana passada que ainda não se comprovou definitivamente que o vírus da zika seja diretamente responsável por causar microcefalia e síndrome de Guillain-Barre, a organização admitiu que surgem cada vez mais provas que sugerem essa relação.

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Tóquio - Pesquisadores da Universidade de Tóquio afirmam que ser infectado pelo vírus da zika durante a gravidez pode aumentar o risco de que o feto desenvolva microcefalia em aproximadamente 14% no Brasil.

Isto significa que uma em cada sete gestantes infectadas com o vírus no Brasil corre o risco de que seu bebê desenvolva microcefalia, é o que indica uma pesquisa liderada pelo professor Hiroshi Nishiura e divulgada nesta sexta-feira pela emissora pública de televisão japonesa "NHK".

A microcefalia, uma condição associada à redução do tamanho do crânio e do cérebro, afeta normalmente dois em cada 10 mil recém-nascidos na Europa e no Brasil, segundo revelou um estudo publicado esta semana na revista britânica "The Lancet".

Segundo essa pesquisa, uma em cada 100 mulheres infectadas pelo vírus da zika durante o primeiro trimestre de gravidez corre o risco de que o feto desenvolva microcefalia, mas os pesquisadores japoneses sugerem que esta proporção é significativamente maior no Brasil.

Para chegar a essas conclusões, o grupo de cientistas japoneses analisou os dados do surto do vírus no nordeste do Brasil, a região mais castigada pela epidemia e onde se registrou a maior concentração de casos de microcefalia em recém-nascidos.

Trata-se do primeiro estudo que utiliza dados recolhidos no Brasil, segundo os pesquisadores japoneses. Já a pesquisa que foi publicada na revista britânica tem como base dados obtidos durante um surto de zika na Polinésia Francesa, entre 2013 e 2014.

Além dos casos notificados de microcefalia em recém-nascidos, os pesquisadores levaram em conta os casos de pacientes diagnosticadas inicialmente com dengue e que, posteriormente, testaram negativo nos exames de sangue, por isso acredita-se que tenham contraído o vírus da zika, cujos sintomas são similares.

Os cientistas não descartam que os números possam variar em função da precisão dos dados coletados no Brasil, mas afirmaram que o risco é aparentemente superior ao que uma pessoa grávida normalmente está sujeita.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 20 países e territórios, em sua maioria latino-americanos, foram decretados como zonas de risco de contágio pelo vírus da zika, que é transmitido por mosquitos da espécie Aedes Aegypti, que também é vetor da dengue e da febre chicungunha.

Apesar de a OMS ter advertido na semana passada que ainda não se comprovou definitivamente que o vírus da zika seja diretamente responsável por causar microcefalia e síndrome de Guillain-Barre, a organização admitiu que surgem cada vez mais provas que sugerem essa relação.

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