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Rio sitiado: cariocas relatam terror após morte de miliciano e ônibus queimados

As ações seriam uma represália pela morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus

Em meio a ataques, o governador Cláudio Castro comemorou, nas redes sociais, a ação policial (Luiza de Paola/AFP/AFP)

Em meio a ataques, o governador Cláudio Castro comemorou, nas redes sociais, a ação policial (Luiza de Paola/AFP/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de outubro de 2023 às 20h41.

A cidade do Rio vive na noite desta segunda-feira um caos generalizado no setor de transportes devido à destruição de, até o momento, mais de 30 ônibus na capital fluminense, o que resultou no recolhimento de diversos veículos devido ao risco de novos episódios. A interrupção parcial do serviço foi provocada depois que milicianos atearam fogo pelo menos 35 veículos — cinco BRT's, 12 municipais e outros de fretamento e turismo.

As ações seriam uma represália pela morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus. Ele foi morto em confronto com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil durante uma operação em Santa Cruz. Nas redes sociais, a população reclamou da postura do governador do Rio, Cláudio Castro, ao longo do dia.

"Ousaram e foram extremamente audaciosos, a z.o [Zona Oeste] esta pegando fogo.. além dos ônibus, ainda atacaram o trem, zombaram do poder público, desafiaram as forças de segurança e pior que isso, estão prejudicando a nós, população. Uma merda pra voltar pra casa", disse um perfil no Twitter.

Claudio Castro

Em meio a ataques, o governador Cláudio Castro comemorou, nas redes sociais, a ação policial que resultou na morte do miliciano, Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus.

"O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado", afirmou o chefe do Executivo fluminense na sequência de postagens, publicada pouco depois das 17h, enquanto a contagem de coletivos incendiados a mando dos paramilitares, em represália à operação, ainda subia.

Locais dos ataques

Ao todo, 15 quartéis do Corpo de Bombeiros foram acionados para conter o fogo, em ocorrências espalhadas por diferentes bairros da Zona Oeste. A cidade do Rio entrou em estágio de mobilização 12 minutos antes do post do governador, às 16h50, devido aos ataques em represália à morte de Faustão, em avaliação que avançou para o estágio de atenção pouco antes de 19h.

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