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Rio promete Olimpíadas "apaixonantes" em 2016

A expectativa é que os Jogos "mudem a cidade, o país, a região. Estamos preparando Jogos apaixonantes", expressou Leonardo Gryner, diretor-geral do comitê organizador

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 16h37.

Rio de Janeiro - Em contagem regressiva para a passagem da bandeira olímpica para o Rio de Janeiro, o prefeito e membros da organização local prometeram que tudo está "dentro dos prazos" para Jogos Olímpicos "apaixonantes", mas sem fornecer informações concretas sobre calendário e custos.

A quatro anos para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o diretor-geral do comitê organizador, Leonardo Gryner, afirmou que "o projeto está avançando dentro dos prazos", durante uma teleconferência em Londres transmitida no Centro de Operações Rio.

A expectativa é que os Jogos "mudem a cidade, o país, a região. Estamos preparando Jogos apaixonantes", expressou Gryner.

Mas as autoridades não foram muito concretas, principalmente quanto ao orçamento.

Os "custos das Olimpíadas do Rio só vão começar a ser divulgados quando tivermos o projeto executivo", disse o prefeito Eduardo Paes, em plena campanha eleitoral, acrescentando que estes números são muito variáveis.

O Rio está no prazo e até "com certa folga, o que nos permite assumir o compromisso de entregar os Jogos Olímpicos com bastante antecedência", assegurou um despreocupado Paes.

Para Gryner, os principais desafios para a cidade se concentram nas áreas de transporte e hotelaria.

A ampliação da rede de transporte, com sistemas de BRT e a expansão do metrô, começou, assim como o projeto para ampliar em pelo menos 50% a oferta hoteleira, faltando pouco tempo para o início de outros importantes eventos, como a Copa das Confederações, no próximo ano, e a Copa do Mundo de 2014.


Mas estas obras de infraestrutura se concentram em apenas quatro regiões da cidade, que já convive com um esgotamento da capacidade de transporte e uma insuficiência de hotéis.

Quanto às instalações esportivas, 47% já existem, a maioria construída para os Jogos Pan-americanos de 2007, e o restante divide-se entre novas instalações e temporárias.

O maior projeto é a construção do Parque Olímpico que, segundo a presidente da Empresa Olímpica Municipal Maria Silvia, terá uma participação importante do capital privado, assim como em outros projetos em que haverá parcerias público-privadas.

Muitas obras precisam ser concluídas ainda para a Copa de 2014, como o Maracanã, que receberá a abertura e o encerramento da Olimpíada, e o Aeroporto Internacional Santos Dumont, que necessita de ampliação.

Segundo o diretor, uma delegação de 250 observadores brasileiros acompanha o evento de Londres "em áreas específicas (...) para saber a real demanda dos Jogos" e "há boas ideias que vamos incorporar em nosso projeto".

Questionado sobre a polêmica das remoções de famílias, principalmente da região de Jacarepaguá, onde serão construídas várias instalações, o prefeito Paes afirmou "que a única coisa que não vai acontecer é o uso da força" e que "esta decisão foi tomada desde o dia em que foi decidido fazer o Parque Olímpico".

Nenhum plano para segurança foi apresentado na coletiva. As autoridades do Rio começaram em 2008 um processo de ocupação das favelas localizadas em regiões estratégicas da cidade, com o objetivo de diminuir a violência antes da Copa do Mundo-2014 e dos Jogo-2016.

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