Rio prende homem em operação contra jogo Baleia-Azul
Matheus Silva é suspeito de ser um dos "curadores" (coordenadores) desse jogo, que induziria jovens ao suicídio via internet
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de julho de 2017 às 15h39.
Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, um homem de 23 anos durante operação realizada na manhã desta terça-feira, 18, contra uma rede de supostos envolvidos no jogo Baleia Azul, que induziria jovens ao suicídio via internet. Matheus Silva é suspeito de ser um dos "curadores" (coordenadores) desse crime nas redes sociais.
A operação, batizada Aquarius, também cumpre mandados de busca e apreensão em 20 municípios de nove Estados brasileiros.
A investigação é da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil fluminense. Ela foi iniciada a partir de denúncias de pais de jovens supostamente envolvidos no jogo, presumivelmente surgido na Rússia.
A polêmica do baleia-azul
No Baleia Azul, o suicídio é a etapa derradeira de 50 desafios que seriam propostos aos adolescentes participantes. Entre eles, estão assistir a filmes de terror, fomentar inimizades para si mesmo, automutilar-se, desenhar com lâmina uma baleia no braço e, como última missão, tirar a própria vida.
A própria existência do jogo, porém, já foi questionada. Há quem diga que é um boato de internet.
Induzir, instigar ou auxiliar suicídio é crime, punido no Brasil com reclusão (prisão) de dois a seis anos se a morte se consumar, ou de um a três anos, se da tentativa resultar lesão corporal grave.
A pena pode ser duplicada se o crime for praticado por "motivo egoístico" ou se a vítima for menor de idade ou se tiver a capacidade de resistência diminuída, por qualquer motivo.