Carnaval: Rio e São Paulo decidem adiar o desfile das escolas de samba
A decisão foi anunciada na noite desta sexta-feira, 21, após uma reunião com os prefeitos Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, e Eduardo Paes (DEM), do Rio
Gilson Garrett Jr
Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 19h36.
Última atualização em 21 de janeiro de 2022 às 20h20.
Em uma decisão conjunta, as prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro decidiram adiar os desfiles das escolas de samba que estavam marcados para o feriado de Carnaval, no fim de fevereiro. A decisão foi anunciada na noite desta sexta-feira, 21, após uma reunião com os prefeitos Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, e Eduardo Paes (DEM), do Rio. A nova data será no feriado prolongado de 21 de abril.
"A decisão foi tomada em respeito ao atual quadro da pandemia de covid-19 no Brasil e a necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional", diz a nota conjunta assinada por Nunes e Paes.
Na quinta-feira, 20, amédia móvel, que contabiliza o número de casos de coronavírus da última semana, foi de 110.047, o maior número desde o início da pandemia, e o terceiro recorde em três dias. A média de mortes foi em 237. No período de um dia foram registradas 350 vítimas e 168.495 testes reagentes para o coronavírus.
Tanto o Rio quanto São Paulo decidiram cancelar, no começo de janeiro, a realização dos blocos de rua, pela falta de controle das multidões, mas até então vinham mantendo os desfiles das escolas de samba. Em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira, Eduardo Paes disse que há a possibilidade de transferir os blocos de rua também para abril, mas que depende do cenário da pandemia.
Regras sanitárias continuam as mesmas
Em São Paulo, a prefeitura definiu as regras para os desfiles.A exigência do passaporte da vacina, com pelo menos duas doses contra a covid-19, será cobrada para o público nas catracas de acesso. No caso dos componentes, as escolas deverão realizar um pré-cadastro para identificar se estão com a vacinação completa. Não vacinados não poderão acessar o local nem como espectadores nem como desfilantes.
Todos deverão utilizar máscaras de proteção facial, incluindo as equipes técnicas e os fornecedores.A lotação será abaixo da habitual, com 70% dos espectadores em todos os setores — incluindo arquibancada, camarote e pista. Entre os desfilantes, a redução será de 25% no Grupo Especial (de 2 mil para 1,5 mil pessoas), de 20% no Acesso 1 (de 1 mil para 800) e de 37,5% no Acesso 1 (de 800 para 500).
Com as mudanças, a Liga das Escolas de Samba decidiu suspender o quesito "harmonia" (que avalia o envolvimento dos componentes ao cantar e interpretar o samba enredo, o que fica prejudicado com o uso das máscaras) neste ano.