Brasil

Rio de Janeiro tem quase 50 mil casos de dengue

Apesar do número elevado de casos, o boletim da Secretaria de Estado de Saúde aponta que tem havido uma redução de novos registros


	Dengue: a média de novas notificações passou de 3.500 semanais para pouco mais de mil por semana
 (Marvin Recinos / AFP)

Dengue: a média de novas notificações passou de 3.500 semanais para pouco mais de mil por semana (Marvin Recinos / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 20h34.

Rio - Quase 50 mil pessoas tiveram dengue no Rio, este ano. Até 23 de abril, foram notificados 49.150 casos da doença e quatro mortes. No mesmo período de 2015, houve 28.606 registros.

Apesar do número elevado de casos, o boletim da Secretaria de Estado de Saúde aponta que tem havido uma redução de novos registros da doença, desde a primeira semana de março.

A média de novas notificações passou de 3.500 semanais para pouco mais de mil por semana.

Nesse período, também houve o registro de 37.392 casos de zika e de 2.050 casos de chikungunya. Destes, 887 confirmados. Duas pessoas morreram por complicações em decorrência da chikungunya.

A transmissão de zika também caiu a partir do início de março, de cerca de 2.500 casos por semana para menos de 500.

"Pode-se dizer que houve o fim do pico de transmissão de dengue. Historicamente o auge da transmissão é no fim de março até a primeira quinzena de abril. Mas temos tido redução de novos casos desde março. Certamente não teremos novo pico da doença", afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe.

Essa redução de casos antes do tempo tem duas explicações, afirma Chieppe. A primeira é que houve melhor controle do mosquito. O índice de infestação caiu com as visitas domiciliares.

A outra causa é a competição entre os vírus para infectar o Aedes aegypti. "Temos três vírus circulando e o mosquito se infecta mal por mais de um vírus.

Chikungunya ainda circula em patamar baixo, mas zika e dengue vieram com muita intensidade. Essa competição pode ter contribuído para o declínio da transmissão", afirmou.

Chieppe lembrou que os dois casos de mortes por chikungunya foram ocorrências isoladas. Um caso foi o de uma paciente que teve quadro de encefalite (infecção do cérebro provocada por vírus), um "quadro raríssimo", nas palavras do subsecretário.

A segunda vítima era um homem idoso, com outras enfermidades, e que teve uma "descompensação" por causa da chikungunya.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDengueDoençasMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasRio de JaneiroSaúde

Mais de Brasil

Ex-BBB, ex de Zezé e Luisa Mell são candidatos a vereador pelo União Brasil em SP

As cidades mais caras para viver no Brasil

Enchentes causam mais de R$ 10 bilhões em prejuízos ao Rio Grande do Sul, mostra relatório

SP deve ficar ao menos 6ºC mais quente até 2050, com eventos extremos do clima no estado

Mais na Exame