Barra da Tijuca: para a construção da via expressa, a prefeitura vai desapropriar vários imóveis nos bairros de Jacarepaguá, Jardim Sulacap e Magalhães Bastos (Fernando Lemos/VEJA RIO)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 17h13.
Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio de Janeiro iniciou hoje (4) as obras da Transolímpica, via expressa que vai reduzir para 50 minutos o tempo de ligação entre os bairros Recreio dos Bandeirantes e Deodoro, ambos na zona oeste da capital fluminense. Atualmente o percurso é feito em quase duas horas. Serão oito bairros integrados com o novo corredor do BRT (bus rapid transit), que terá 23 quilômetros de extensão. Cerca de 400 mil pessoas serão beneficiadas e a previsão é que 55 mil veículos passem por dia pela via.
A Transolímpica vai fazer a ligação das principais instalações que receberão os Jogos Olímpicos de 2016, como a Vila dos Atletas e o Parque Olímpico. De acordo com a prefeitura todo investimento vai custar R$ 1,55 bilhão e o financiamento será feito por meio de uma parceria com a iniciativa privada, que terá direito de exploração do corredor por 35 anos com a cobrança de pedágio, que será o mesmo cobrado na Linha Amarela. O término das obras está previsto para 2015.
Para a construção da via expressa, a prefeitura vai desapropriar vários imóveis nos bairros de Jacarepaguá, Jardim Sulacap e Magalhães Bastos. Inconformados com uma possível desapropriação moradores de uma vila de casas que fica em frente ao canteiros de obras da Transolímpica fizeram manifestação com o objetivo de chamar a atenção do prefeito do Rio. Eduardo Paes tentou tranquilizá-los, afirmando que nenhuma casa será derrubada para a construção do viaduto que vai passar na região.
“A gente sempre tenta evitar atingir a residência das pessoas. O lugar onde as pessoas moram é sempre um local de apreço. Nesse lado da Transolímpica não atingiremos nenhuma casa”, garantiu.
O novo corredor terá 18 estações de BRT , dois terminais de ônibus e vai servir ainda de via expressa para outros veículos. Está previsto também a construção de um túnel com duas galerias, cada uma com quase 2 quilômetros de extensão.
O BRT é um sistema em que ônibus articulados ou biarticulados circulam em pista exclusiva e fazem paradas em estações próprias, únicos locais onde os passageiros embarcam, desembarcam e pagam as passagens. Os veículos têm painéis eletrônicos, ar-condicionado e sistema de som. Trata-se de um sistema de transporte coletivo de média capacidade já adotado em cidades brasileiras como Curitiba (que foi a primeira a implantar o sistema em 1979), Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro.