Ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Adriano Machado/Reuters)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 15h05.
Última atualização em 10 de janeiro de 2024 às 15h22.
Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser anunciado como novo ministro da Justiça até sexta-feira, 12, apurou EXAME com membros do governo. O magistrado aposentado tem se dedicado nos últimos dias a escolher os auxiliares diretos e aos trâmites burocráticos para se desvincular do seu escritório de advocacia.
Entre os principais nomes da sua futura equipe, o advogado baiano Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral do STF, deve ser nomeado secretário executivo da Justiça. Neto, inclusive, era apoiado por Lewandowski para a vaga na suprema corte preenchida por Cristiano Zanin.
A grande incógnita é se Ricardo Cappelli, atual secretário executivo, aceitará o cargo de Secretário Nacional de Segurança Pública. O atual ministro, Flávio Dino, tentou manter o auxiliar como número 2 da pasta, mas a chance de isso ocorrer é remota.
Cappelli, que tem interesse em seguir carreira política no Distrito Federal como candidato a governador, pode usar a experiência como interventor na capital do país para desenvolver um trabalho na Senasp que o cacife a disputar o Palácio do Buriti.
O petista Wadih Damous deve permanecer na secretaria do Consumidor e Andrei Passos como diretor-geral da Polícia Federal. Passos também é cotado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, caso Cappelli decline do convite.
Andrei tem a total confiança de Lula e Janja da Silva após atuar na segurança do então candidato petista ao Palácio do Planalto. Damous tem a amizade de Lula e Lewandowski atuou na sua defesa em casos da Lava-Jato.