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Resultados do Revalida têm 2 adiamentos consecutivos

Data da divulgação dos classificados na primeira etapa da avaliação estava prevista para sexta-feira, 11, depois remarcada para o dia 26 e, agora, para o dia 28


	Médico em hospital: entidades de classe sempre criticaram dispensa da validação do documento e, como justificativa, citavam altos índices de reprovação nas provas
 (Getty Images)

Médico em hospital: entidades de classe sempre criticaram dispensa da validação do documento e, como justificativa, citavam altos índices de reprovação nas provas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 18h08.

Brasília - Os resultados do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), realizado pelo governo, tiveram dois adiamentos consecutivos. A data da divulgação dos classificados na primeira etapa da avaliação estava prevista para sexta-feira, 11, depois remarcada para o dia 26 e, agora, para o dia 28.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, atribuiu o atraso de 44 dias a dois fatores: o aumento expressivo do número de candidatos inscritos e a realização de um congresso de educação médica na data em que, inicialmente, estava prevista a segunda etapa do Revalida.

Observadores, no entanto, avaliam que os sucessivos adiamentos fazem parte de uma estratégia da administração federal para evitar desgastes e polêmica durante a tramitação da Medida Provisória (MP) do Programa Mais Médicos no Congresso. Profissionais estrangeiros recrutados pelo programa são dispensados do exame.

Eles recebem um registro provisório, que concede o direito de atuação numa área limitada do país. Com a validação do diploma, médicos estrangeiros ganham a autorização para exercer a profissão em todo o país.

Entidades de classe sempre criticaram a dispensa da validação do documento e, como justificativa, citavam os altos índices de reprovação nas provas. A liberação do teste, diziam, poderia ampliar o risco do ingresso de profissionais mal formados no Mais Médicos. Caso o índice de reprovação se repetisse, avaliam, haveria mais munição para as críticas ao projeto.

"Não há relação nenhuma. São duas iniciativas diferentes: uma para trazer médicos para áreas carentes. A alteração foi requisitada pelos integrantes da comissão que prepara e corrige as provas", afirmou Costa.

Ele argumentou que a correção da avaliação do Revalida não pode ser comparada com outras provas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com grande número de corretores.

"Ela é feita por uma comissão de especialistas, uma estrutura enxuta que não dá para ser rapidamente ampliada", justificou. Na edição de 2013, 1.772 médicos formados no exterior participaram da prova. Em 2012, foram 783 e em 2011, 536.

O evento a que o presidente do Inep se referiu é o 51º Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem), programado para ocorrer no Recife sábado, 19, e domingo, 20, data inicialmente planejada para segunda etapa do Revalida.

Perguntado sobre qual seria a implicação do congresso na divulgação do resultado da primeira etapa, Costa afirmou: "É a somatória, os dois fatores combinados: o grande número de recursos e o evento".

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