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Resultado do emprego é "inusitado" e "extraordinário", diz Lula

Presidente disse que Brasil atingiu o pleno emprego e comparou situação com EUA e Europa

O presidente Lula pediu calma nos gastos de Natal (Ricardo Stuckert/Presidência da República)
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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 14h13.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta segunda-feira o desempenho do emprego no país divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério do Trabalho. Para Lula, o dado do emprego formal é "inusitado" e "extraordinário."

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecido pelo Ministério do Trabalho, mostrou que a economia gerou 138.247 postos de trabalho formais em novembro. Foi o segundo melhor para o mês da série, iniciada em 1992. Números do IBGE atestaram que o desemprego brasileiro caiu para 5,7 por cento em novembro, ante 6,1 por cento em outubro -o menor nível em oito anos.

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"Eu fui dirigente sindical muito tempo, eu briguei muito tempo contra o desemprego, eu vi empresas mandarem embora, numa única vez, 15 mil trabalhadores. Quando eu vejo, no Brasil, o IBGE divulgar que o desemprego está 5,7 por cento e, em algumas capitais como Porto Alegre, está 3,7 por cento, significa que nós estamos nos padrões de pleno emprego, que era considerado para os países europeus e para os Estados Unidos. Isso é uma coisa extraordinária," afirmou, no programa de rádio semanal "Café com o Presidente."

"Vamos terminar o ano com praticamente com 2,6 milhões de empregos novos criados em apenas onze meses, o que é um dado inusitado, extraordinário para o povo brasileiro."

De acordo com Lula, que está nos últimos dias de seu mandato, a tendência é de melhora no desempenho sobre emprego no próximo ano por conta das obras previstas na segunda versão dos programas PAC e Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

Natal com responsabilidade

No programa, o presidente o presidente recomendou que os brasileiros tenham "senso de responsabilidade" nas compras de fim de ano: "Que as pessoas aproveitem e comprem o que quiserem comprar, mas com muita responsabilidade para não se endividarem, porque o mês de janeiro é sempre muito pesado."

"Não vamos passar 2011 apertado, apenas pagando o que a gente gastou em 2010. Vamos gastar o suficiente para não atropelar a esperança e o futuro de todos nós," alertou, ao desejar um Natal em harmonia com a família.

O presidente voltou a defender a importância do Mercosul como meio para que países pequenos negociem com grandes blocos, como a União Europeia, e em organismos multilaterais, como a Organização Mundial de Comércio (OMC). Lula participou, na sexta-feira, da 40a reunião de cúpula do Mercosul.

"É a partir do Mercosul que nós temos que fortalecer o nosso acordo com a União Europeia, é a partir do Mercosul que nós temos que fortalecer o acordo com os Estados Unidos, é a partir do Mercosul que nós temos que concluir a Rodada de Doha, brigando fortemente na OMC (Organização Mundial do Comércio)," disse o presidente, afirmando ter certeza de que "(a presidente eleita) Dilma vai brigar muito."

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