Vista da marca d'água no lago da represa hidrelétrica de Furnas em Mina Gerais (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2014 às 11h28.
Franca - O Lago de Furnas continua em baixa, assim como a usina que leva seu nome e responde por 17,42% da energia elétrica que abastece as Regiões Sudeste e Centro-Oeste do País. O efeito, além da ameaça ao sistema energético nacional, muito dependente das hidrelétricas, é sentido por dezenas de municípios banhados pelas águas do lago e que dependem delas para sobreviver, principalmente, em razão do turismo e da agricultura.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), que mede o setor energético, ontem (28) a Usina de Furnas operava com 27,95% da capacidade do seu reservatório. O índice preocupa pois vem caindo nas últimas semanas, mesmo no chamado período das águas, que está chegando ao fim.
Do Lago de Furnas ainda dependem outras três usinas, das quais duas também estão em situação crítica: Marimbondo, operando com 26,14% da capacidade, e Água Vermelha, com 29,48%. A baixa do reservatório obriga as usinas a represarem mais água e várias cidades da região adotaram medidas emergenciais. Em Pimenta, o prefeito Ailton Costa decretou uma série de medidas para garantir o racionamento de água. As contas de consumo vêm com alerta e na cidade são distribuídos panfletos, sem contar as chamadas nas rádios para que o povo se conscientize. Segundo ele, pousadas da região e os agricultores são prejudicados.
As principais culturas atingidas foram as de tomate, milho e soja. O seguro agrícola não cobre os efeitos da seca por ser considerada fenômeno da natureza. Só de tomate saíam diariamente 15 caminhões carregados; agora são no máximo dois. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.