Eduardo Cunha e o Renan Calheiros: a agenda sugerida tem 17 itens consideradas prioritários para a recuperação econômica (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 12h34.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que vai pedir a cooperação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar seguimento à agenda de votações expressa que ele está organizando no Senado.
Caso o deputado apoie a ideia, ele planeja inaugurar uma comissão mista para dar mais celeridade às propostas.
"Não sei se vamos conseguir, mas se conseguirmos, podemos ter uma comissão bicameral para encaminhar as matérias que andam na Câmara e no Senado conjuntamente", sugeriu.
Na inauguração do ano legislativo, o presidente do Senado sugeriu uma agenda expressa de votação com 17 itens que considera prioritários para a recuperação econômica do País.
Criticado por senadores que não foram consultados, Renan decidiu ouvir os blocos partidários e se comprometeu em montar uma nova pauta de votação que contemple os diferentes setores políticos da Casa. Até o momento, entretanto, Renan só ouviu o PSDB.
Com o ano legislativo reduzido por conta das eleições municipais, Renan calcula que o Senado terá 20 semanas para dar prosseguimento às votações até as eleições, que acontecem em outubro, e depois uma atuação mais intensa no mês de novembro.
Terceirização
Renan informou que pretende priorizar o projeto de lei que regulamenta a terceirização, afirmando que o Senado tem o compromisso de apreciar esta matéria até o final do semestre.
Ele argumentou que a nova lei não irá relaxar totalmente os direitos trabalhistas. "Essa matéria não vai liberar geral, como alguns pensam. É o primeiro passo para regulamentar os 13 milhões de trabalhadores existentes", defendeu.
O posicionamento do presidente do Senado é diferente do que adotou no ano passado.
Após tramitação rápida do projeto na Câmara dos Deputados, orquestrada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan trabalhou para desacelerar o encaminhamento da matéria no Senado, evitando discussões.