Brasil

Renan Filho quer discutir rodízio no comando da Câmara

Em 2010, PT e PMDB firmaram acordo que previa que os partidos se revezarem na presidência da Câmara


	Câmara: Renan Filho ressaltou que PMDB precisa se posicionar em temas como reforma política
 (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Câmara: Renan Filho ressaltou que PMDB precisa se posicionar em temas como reforma política (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 14h53.

Brasília - Deputado federal e governador eleito de Alagoas, Renan Filho (PMDB) considerou nesta terça-feira, 28, que o rodízio acordado com o PT para a presidência da Câmara não deverá ser obrigatório na próxima legislatura.

Os parlamentares eleitos no último dia 5 de outubro tomam posse no Congresso no início de fevereiro de 2015, quando a discussão sobre a composição da Mesa Diretora das duas Casas deverá entrar na ordem do dia.

Em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, Renan Filho falou sobre a formação da nova bancada e a relação do PMDB com o governo federal.

A legenda ocupa a vice-presidência da República com Michel Temer, presidente nacional do PMDB.

"Acho que essa questão da indicação da presidência da Câmara precisa ser rediscutida. O rodízio não é eterno. Não está escrito em lugar algum que tem que ser um presidente do PT e depois do PMDB. Isso pode ser sempre rediscutido", ressaltou o governador eleito que é filho do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Em 2010, PT e PMDB firmaram acordo que previa que os partidos se revezarem na presidência da Câmara.

Em entrevista ao Broadcast Político na segunda-feira, 27, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), criticou a possibilidade de o PT também assumir o comando da Câmara na próxima legislatura.

"Não tem sentido você defender que o partido que ganhou a eleição fique também com o comando do Congresso porque seria uma hegemonização do poder na mão no PT", afirmou Cunha.

Na avaliação de Renan Filho, a situação no Senado é diferente da encontrada na Câmara, uma vez que o regimento prevê a preferência de escolha na Mesa Diretora para a maior bancada eleita.

"No Senado a questão é diferente, porque é regimental. A maior bancada indica o presidente da Casa e a outras bancadas indicam os cargos da Mesa. De forma que há um entendimento mais claro que cabe ao PMDB indicar o próximo presidente porque foi o partido que retirou das urnas o direito para isso, pois elegeu o maior número de senadores", defendeu.

Questionado sobre a relação que a legenda deverá ter nos próximos quatro anos com a presidente Dilma, o governador eleito ressaltou que o partido também precisa se posicionar em temas como a reforma política, assunto defendido por vários partidos, mas que não encontrou ainda um texto de consenso.

"Reforma política deve ser uma das bandeiras do PMDB e o partido não precisa concordar com tudo que o governo envie para o Congresso. Um exemplo disso, o senador Renan Calheiros, presidente do Congresso, colocou ontem que não concorda com a forma que a presidente da República quer fazer a reforma política. Ela tem que ser feita pelo Congresso e depois ser feito um referendo, aí sim legitima todos os interesses. O Congresso é quem tem a prerrogativa", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilPolíticaCâmara dos DeputadosGovernadores

Mais de Brasil

Para Lula, Brasil saiu vencedor do tarifaço de Trump

Lula estabelece cota para exibição de filmes nacionais nos cinemas em 2026

Governo estuda tarifa zero no transporte público, diz ministro das Cidades

Bolsonaro é considerado apto e fará cirurgia de hérnia 9h na quinta