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Renan diz que ética é "obrigação" e que dará transparência

Alvo de denúncias de corrupção, Renan presidiu o Senado de 2005 a 2007, quando renunciou ao cargo num acordo que impediu uma possível cassação

Senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Pedro Taques (PDT-MT), candidatos à presidência do Senado, conversam durante a votação (Antonio Cruz/ABr)

Senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Pedro Taques (PDT-MT), candidatos à presidência do Senado, conversam durante a votação (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 12h19.

Brasília - Numa tentativa de dar uma resposta aos ataques contra sua candidatura à presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu, ao discursar nesta sexta-feira, que criará uma secretaria de transparência na Casa e disse que ética é "obrigação" de todos.

Pouco antes, o senador Pedro Taques (PDT-MT), seu adversário na disputa, havia discursado e ressaltado que o Senado precisava de "novas práticas políticas".

Alvo de denúncias de corrupção, Renan presidiu o Senado de 2005 a 2007, quando renunciou ao cargo num acordo que impediu uma possível cassação do seu mandato. Ele foi acusado de ter parte de suas despesas pessoais custeadas por uma empreiteira.

"Vamos criar a secretaria da transparência, sem custo adicional para o Senado", prometeu Renan, adicionando que sua gestão terá foco "no controle e prestação de contas".

E num improviso final no discurso, o peemedebista incluiu a questão ética para dizer que praticá-la "é uma obrigação e um dever de todos".

"A ética não é objetivo em si mesmo, o objetivo em si mesmo é o Brasil e o interesse nacional", discursou.

Os problemas para Renan nesse campo podem estar apenas começando, já que na semana passada a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador peemedebista. Caso o STF aceite o pedido da PGR, Renan será investigado.

Se isso acontecer, é provável que cresça no Senado o movimento para questionar a conduta de Renan no Conselho de Ética da Casa, o que poderia resultar em uma crise política semelhante a de 2007.

O peemedebista também disse que lutará para atualizar legislações tributárias e fiscais para reduzir a burocracia e aumentar a competitividade, num recado claro ao governo de que atuará em parceria com um dos principais objetivos da presidente Dilma Rousseff.

"Se no passado fomos capazes de varrer o entulho autoritário... agora vamos varrer o entulho burocrático", prometeu.

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