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Relator recua e desiste de incluir doação oculta em texto

Pelo texto da proposta, o doador poderia pedir que seu nome não fosse divulgado à população, independentemente do valor que fosse destinado às campanhas

Vicente Cândido: o relator reconheceu que a pressão popular pesou em sua decisão (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 22h02.

Última atualização em 16 de agosto de 2017 às 22h09.

Brasília - Em um novo recuo, o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), anunciou na noite desta quarta-feira, 16, que vai retirar do texto a possibilidade de manter oculto o nome dos doadores de campanha.

O deputado havia incluído a proposta em seu relatório, apresentado nesta terça-feira. Pelo texto, o doador poderia pedir que seu nome não fosse divulgado à população, independentemente do valor doado.

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A proposta recebeu diversas críticas, inclusive do presidente da comissão, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que classificou a ideia como "lamentável", pois dificultaria a fiscalização e não contribuiria com a transparência do processo.

Vicente Cândido reconheceu que a pressão popular pesou em sua decisão e afirmou que, como não havia consenso entre os líderes da Casa, ele decidiu retirar a proposta do texto.

A volta da doação oculta estava prevista no relatório que ainda está sendo discutido na comissão e deve ser votado no plenário somente depois de os deputados aprovarem a emenda à Constituição que cria o fundo público eleitoral e estabelece o chamado distritão.

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