Brasil

Redução da maioridade não foi derrota do governo, diz Edinho

A proposta aprovada pela Câmara reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos


	Vista geral do Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília: Segundo Edinho, a aprovação do texto por 323 votos a favor e 155 contra não representou uma derrota para o Executivo
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Vista geral do Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília: Segundo Edinho, a aprovação do texto por 323 votos a favor e 155 contra não representou uma derrota para o Executivo (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 14h33.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse hoje (2) que o governo mantém a posição contrária à redução da maioridade penal, mas respeita a decisão do Legislativo, que ontem (1º) aprovou uma emenda reduzindo a maioridade de 18 anos para 16 anos nos casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

“Todo mundo sabe que o governo é contrário à redução da maioridade penal, mas nós respeitamos o Legislativo. Penso que é um Poder autônomo, que tem todo o poder de deliberar e assumir suas posições”, avaliou após reunião com o presidente da República em exercício, Michel Temer. A presidenta Dilma Rousseff está voltando dos Estados Unidos e deve chegar a Brasília às 14h50.

Segundo Edinho, a aprovação do texto por 323 votos a favor e 155 contra não representou uma derrota para o Executivo. “O governo vai continuar defendendo suas posições. O governo entende que esse não é o melhor caminho para que a gente possa combater a violência, mas respeita o Poder Legislativo brasileiro”, reiterou.

A proposta aprovada pela Câmara reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos nos casos de crimes hediondos – estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado, por exemplo –, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

O texto também prevê a construção de estabelecimentos específicos para que os adolescentes cumpram a pena. A proposta, agora, será votada em segundo turno na Câmara e caso seja aprovada segue para a análise dos senadores.

Perguntando sobre a estratégia do Palácio do Planalto para tentar reverter o resultado durante a passagem do texto pelo Senado, Edinho disse que o governo vai continuar “dialogando com a sociedade”.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Em SC, chuvas elevam rio que corta Blumenau em 6 metros e município entra em estado de alerta

Governo federal vai transferir recursos para reforma de escolas no RS

Após receber novas doses, SP vai retomar a vacinação contra dengue neste sábado

Boulos quer câmeras corporais em agentes da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

Mais na Exame