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Rede se estrutura em posicionamento vazio, dizem ex-membros

Para os signatários do documento, o pressuposto de buscar novas alternativas e abandonar a tal "velha política" foi trocado por um pragmatismo político

Marina Silva: para os ex-partidários, Marina "se constituiu em um fenômeno que, ao invés de ter se tornado menor ao longo do processo de construção partidária, se acentuou" (Vagner Campos/MSILVA Online/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 17h48.

Em carta aberta publicada nesta segunda-feira (3), um dia após o primeiro das eleições, partidários da Rede Sustentabilidade anunciam a saída da legenda e criticam o que classificam como "um vazio de posicionamentos políticos" e afirmam que a Rede "tem se construído como uma legião de pessoas de boa vontade e nenhum rumo".

Para os signatários do documento (Luiz Eduardo Soares, Miriam Krenzinger, Marcos Rolim, Liszt Vieira, Tite Borges, Carla Rodrigues Duarte e Sonia Bernardes), o pressuposto de buscar novas alternativas e abandonar a tal "velha política" foi trocado por um certo pragmatismo político.

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Os ex-membros da Rede também fazem críticas à Marina Silva , que, segundo eles," se constituiu em um fenômeno que, ao invés de ter se tornado menor ao longo do processo de construção partidária, se acentuou ao longo do tempo".

"Na verdade, as decisões estratégicas que foram conformando o perfil da Rede partiram todas de Marina e apenas dela, desde a decisão de entrar no PSB até a decisão favorável ao impeachment da presidente Dilma. Em cada um desses momentos cruciais, a maioria da direção nacional simplesmente se inclinou em apoio às posições sustentadas por Marina", afirmam no texto.

Impeachment

A carta aberta cita também as posições tomadas pela legenda quando fundada - redução das desigualdades, enfrentamento do racismo estrutural, luta pelos direitos das sociedades originárias e das minorias, sustentabilidade e aprofundando a democracia - para criticar a posição do partido frente o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

"Cabe destacar a decisão favorável ao impeachment, em que o partido aliou-se ao movimento que entregou o poder ao PMDB e a um grupo político envolvido nas investigações da Lava Jato e comprometido em aplicar políticas radicalmente contrárias ao que sempre supomos fossem os valores e os objetivos da Rede", afirmam, os ex-Rede.

Para eles, houve um erro de cálculo ao apoiar a saída de Dilma e fala em ingenuidade. "A hipótese TSE (cassação da chapa Dilma-Temer) só haveria se o impeachment não passasse; só não via essa realidade quem não quisesse – e não faltaram os alertas".

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